Presidente do Sindicato dos Médicos compara HRTM a uma praça de Guerra. Diretora explica situação

Presidente do Sinmed/RN aponta problemas do HRTM (Foto: redes sociais)

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED/RN) Geraldo Ferreira visitou o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) no final de semana e comparou a unidade uma praça de guerra.

“Não é uma praça de guerra, é um dos hospitais de emergências do nosso Estado, o Hospital Tarcísio Maia, onde sem divisórias que os resguardem, os pacientes ficam espostos, sem um mínimo de privacidade e respeito à sua dignidade humana”, frisou.

Ele disse que fez uma visita na condição de representante de entidade médica e relatou o que viu: “Hoje no Tarcísio Maia o tomógrafo continuava quebrado, pacientes nos soresentaram exames que tiveram que pagar fora do hospital, um cirurgião nos denunciou que uma cirurgia abdominal abriu por usar fio inadequado, em razão da falta dos que precisava, havia problemas de abastecimento, os terceirizados da limpeza, maqueiros e nutrição edtavam com salários atrasados e o programa de cirurgias eletivas do Estado estava encaminhando os pacientes de Mossoró para operar em pequenos municípios da região, numa inversão do que seria natural”*, disse. “Onde vamos parar?”, questionou.

O Blog do Barreto conversou com a diretora do HRTM Herbênia Ferreira que explicou a questão do tomógrafo. “Parou de funcionar e tem todo um tramite processual para a empresa fazer a manutenção. Precisou uma ampola que não tem aqui e aí tem outro trâmite processual em que a PGE (Procuradoria Geral do Estado) tem que autorizar  e tudo isso causa muito transtorno porque demora”, disse acrescentando que a ampola custa mais de R$ 560 mil.

Ela disse que a peça já chegou e a empresa Siemens está vindo fazer a manutenção do tomógrafo. “Os pacientes estão fazendo os exames de urgência e emergência na Liga graças a uma parceria”. Lembrou.

Herbência reconhece a existência de problemas de abastecimento. “Já fizemos um relatório, a secretaria tem ciência e também vamos enviar ao Ministério Público. É um problema que existe em todos os hospitais da rede estadual de saúde”, declarou.

A diretora disse que não é apenas um problema orçamentário, mas também de falta de fornecedores.

Ela disse que a falta de um hospital municipal em Mossoró também ajuda a complicar a situação. “É aquela velha discussão de cada ente na rede de saúde. O Tarcísio Maia está ficando com pacientes que não deveriam estar lá, mas em um hospital municipal ou em domicilio se a saúde municipal oferecesse esse serviço”, lembrou.

Herbênio conta ainda que houve um aumento dos casos de acidentes automobilísticos, que piorou a situação.

*As aspas extraídas da postagem de Geraldo Ferreira foram mantidas com a grafia original.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto