A governadora Fátima Bezerra (PT) tem sido intensamente cobrada a cumprir a lei do piso nacional dos professores que prevê para este ano um reajuste de 33% para a categoria.
A cobrança é bem maior sobre ela do que em relação aos prefeitos por parte da imprensa e dos sindicatos.
Primeiro é preciso entender que há uma questão de agendamento nesta história. É a petista quem está com o mandato em jogo este ano e pouco importa para quem a quer na berlinda se ela já disse que vai cumprir o reajuste.
Por outro lado temos a pressão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sintern), entidade onde a governadora nasceu para a política.
O Sintern é sempre alvo de desconfiança por ser considerado um aliado de Fátima. Para conter o déficit de credibilidade, neste contexto, perante a opinião pública faz uma pressão maior que as respectivas representações sindicais em municípios como Natal e Mossoró.
Por fim temos o fato de a governadora ter sido relatora da lei do piso quando deputada federal e uma das maiores entusiastas da proposta.
Há um simbolismo envolvido que eleva o tom das cobranças.