Zenaide afirma que morte de Moïse Kabagambe expõe necessidade de revogar reforma trabalhista

Zenaide Maia destaca necessidade de revogar a reforma trabalhista (Foto: arquivo)

A senadora Zenaide Maia (PROS) avaliou que a morte do imigrante congolês Moïse Kabagambe provoca uma série de reflexões que passam pelo racismo e a xenofobia, mas também pela precarização do trabalho no Brasil.

“Diante de um caso como o do assassinato de Moïse, nós parlamentares nos perguntamos: além de cobrar a punição dos mandantes, o que podemos fazer? E eu digo: muita coisa! Nós podemos, por exemplo, barrar as constantes tentativas do governo de precarizar ainda mais o trabalho no Brasil”, avaliou. “A Reforma trabalhista mandou o trabalhador ir negociar direto com o patrão! Moïse foi morto por exigir o pagamento por seu trabalho, gente! Um exemplo extremo da covardia na correlação de forças entre empregado e patrão!”, acrescentou.

A senadora disse também que a questão das armas precisa ser revista no Brasil. “Podemos, também, dizer um NÃO a toda e qualquer proposta de liberação de armas! Mais armas em circulação significa mais violência, mais pessoas mortas por motivo fútil, mais sonhos destruídos!”, declarou.

Zenaide lembrou que a proteção das cotas raciais precisa ser fortalecida no Brasil. “Outra coisa: tem gente querendo o fim das cotas raciais e sociais. Elas asseguram a presença de negros, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas de escolas públicas nas universidades. O Congresso vai apoiar a continuidade das cotas ou vai fortalecer os argumentos de um inexistente ‘racismo reverso’ nessa política afirmativa e reparadora histórica?”, questionou.

Ela defendeu a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que regulamenta as punições para quem explora o trabalho escravo. “Vamos cobrar, também, a regulamentação da PEC que pune quem explora o trabalho escravo. As vítimas desse crime são pretas, pardas, indígenas e imigrantes, em sua maioria! Imigrantes como Moïse, que vieram para o Brasil com esperança de vida melhor”, disse.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto