Muito se critica, com razão, a governadora Fátima Bezerra (PT) por ter tido no passado um discurso de combate as oligarquias para depois se juntar a elas.
De Fato, a petista foi crítica dos oligarcas. Já foi aliada, depois adversária novamente e hoje se juntou aos Alves.
Quem segue o mesmo caminho é o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD). Em 2020 venceu os Rosados com o discurso de combate as oligarquias.
Ontem no evento que selou a aliança entre Solidariedade e União Brasil, Allyson estava muito à vontade com um dos mais longevos oligarcas do Rio Grande do Norte: o ex-senador José Agripino.
Agripino por décadas liderou a oligarquia Maia sucedendo o pai, Tarcísio, um governador que chegou ao poder em 1974 pelas mãos da ditadura militar.
Agripino é cria do regime autoritário. Foi prefeito biônico de Natal e se beneficiou do voto vinculado para derrotar Aluízio Alves em 1982 na disputa pelo Governo do RN.
Allyson se junta a Agripino na formação do palanque bolsonarista. Diga-se de passagem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) idolatra a ditadura militar e acha que a única falha do regime foi não ter matado uns 30 mil.
Allyson abraçou o oligarca mais identificado com o passado autoritário do Brasil num agrupamento que não se importa muito se anos de chumbo voltarem.