Na próxima terça-feira, 14, o prefeito Allyson Bezerra (SD) vai a Câmara Municipal pela terceira vez fazer a leitura da mensagem anual na condição de prefeito de Mossoró.
Até aqui Allyson tem navegado sem grandes turbulências. Poucos prefeitos tiveram tanta paz para governar em Mossoró. A oposição tem ofertado pautas com sabor de café com leite, para não dizer que tem sido insípida e inodora, como a água.
Salvo um ou outro rompante, a oposição inexiste em Mossoró.
É até difícil identificar quem é ou não oposição na Câmara Municipal. Oficialmente a bancada é integrada pelos vereadores Francisco Carlos (Avante), Larissa Rosado (PSDB) e Marleide Cunha (PT). O primeiro, mesmo sendo o líder do bloco, está com um pé na base governista. A segunda pouco aparece no noticiário. Só Marleide consegue se opor ao prefeito com mais firmeza.
Para se ter ideia da crise de identidade na oposição os dois maiores destaques sequer se colocam como oposição: Tony Fernandes (SD) e Pablo Aires (PSB). Mas eles se colocam como “independentes”.
Poucas coisas são tão “preto no branco” como um posicionamento parlamentar. Não existe independente. Ou você é oposição ou é governo.
O resultado dessa crise de identidade é uma oposição que fala manso e quando tenta levantar a voz ninguém dá muita trela.
Falta foco.
Allyson não tem 86% de aprovação por acaso. Além dos seus acertos há também uma grande colaboração dos vereadores de oposição em crise de identidade. Assim os erros passam em branco. Não adianta culpar a imprensa porque ela se pauta também pelo que os políticos produzem.