Ontem o ator Dionísio do Apodi, um dos mais célebres interpretes do cangaceiro Lampião no espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró, abordou o prefeito Allyson Bezerra (SD) na entrada da Estação das Artes para cobrar mais atenção para a cultura.
No vídeo que circula nas redes sociais, Dionísio reclama das dificuldades para ter uma audiência com o prefeito e do marketing que Allyson faz com recursos assegurados por vereadores de oposição que viabilizaram o Prêmio Fomento Maurício de Oliveira.
No vídeo abaixo, Allyson chega no momento em que Dionísio protesta contra a forma como o prêmio foi entregue ontem (apenas um certificado sem o pagamento dos recursos) e cobra uma audiência. O prefeito chega e promete receber os artistas após o evento que marcou a entrega do Prêmio Fomento.
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Dionísio provoca Allyson dizendo que “os seus simpatizantes são tudo treinadinho (sic)” fazendo o prefeito encerrar a conversa naquele momento. O artista lembrou que o Prêmio foi viabilizado com R$ 100 mil de emendas da vereadora Marleide Cunha (PT) e R$ 60 mil do vereador Pablo Aires (PSB). “Ele não perde a oportunidade de fazer esse marketing barato”, disparou.
Após a entrega dos certificados, o prefeito recebeu os artistas que protestavam. Artistas ouvidos pelo Blog do Barreto, informaram que na reunião Allyson se prontificou em abrir o diálogo com a classe e foi agendada uma audiência com o secretário municipal de cultura Igor Cesar Ferradaes. A interpretação dos que estavam presentes é que a conversa só ocorreu em virtude da pressão.
O Blog do Barreto tentou ouvir a versão do prefeito através da assessoria de comunicação dele, mas a informação foi negada com a sugestão para que aguardássemos a matéria que seria publicada no site oficial da Prefeitura de Mossoró.
Contexto
Dionísio é membro da Cooperativa Potiguar de Cultura e já enviou 12 ofícios pedindo audiência com o prefeito e nenhum deles foi respondido. Outro ponto que irrita os artistas é que o pagamento da primeira parcela do Prêmio Fomento deveria ter ocorrido no ato da assinatura do contrato, em dezembro do ano passado, e ontem foi apenas a entrega de um certificado que nem estava previsto no edital. Isso irritou profundamente a classe artística.
