O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, um dos principais nomes do bolsonarismo no Congresso Nacional, está puxando a ré em relação a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
O líder bolsonarista está criando caso para ter uma justificativa para não indicar nomes para a CPMI, reforçando a tese do arrependimento do bolsonarismo por ter esticado a corda em defesa da comissão.
Rogério alega que o Bloco Parlamentar Vanguarda, formado por PL e Novo, tem direito a duas indicações, sendo que a previsão é que serão duas indicações.
O senador disse que só vai indicar os membros da CPMI quando for respondida a questão de ordem. “Ocorre, Sr. Presidente, que, dentro da especificidade da norma e da hierarquia, existe uma norma de 2006 que rege inclusive a CMO que determina que essa formação deve se dar em função da composição dos blocos e partidos na segunda quinzena do mês de fevereiro. Chamo a atenção do nosso consultor para isso. Dessa forma, nós teremos 13 membros. Teríamos então 3 indicados, e não apenas 2”, argumentou.
Marinho não vai admitir, mas está claro o arrependimento do bolsonarismo em ter insistido com a CPMI, considerada um tiro no pé pelos governistas.