Lawrence permitiu que votação em “conta gotas” de retirada de direitos dos servidores desgastasse Allyson

Lawrence Amorim não blindou o prefeito (Foto: Edilberto Barros)

No jogo de xadrez na crise entre o prefeito Allyson Bezerra (SD) e os servidores municipais, por causa da retirada de direitos aprovada na última terça-feira, um fato passou despercebido: o comportamento do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD).

Lawrence jogou o jogo com discrição e frieza. O presidente da Câmara Municipal se fortalece quando torna o prefeito dependente dele.

Deixou que a votação dos projetos transcorresse a conta gotas. Na sexta-feira, dia 9, encerrou a sessão alegando falta de segurança. Na terça-feira, 13, voltou a alegar insegurança porque um manifestante entrou no plenário. Na quarta-feira, 14, se juntou aos governistas no esvaziamento do plenário.

Assim a crise passou pelas três semanas do Mossoró Cidade Junina com a aprovação dos projetos só no último dia 20.

A condução de Lawrence com a votação a conta gotas prolongou o desgaste do prefeito com os servidores. Allyson foi obrigado a tomar as rédeas da situação tendo que gravar vídeos e conceder entrevistas sobre projetos que ele inicialmente queria ver aprovados sem que o assunto estivesse no debate público. O que se pretendia ser um rolo compressor sobre os servidores com pouca repercussão terminou virando uma luta alucinada para conter danos.

Um detalhe faz a crise.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto