Servidores estaduais da enfermagem decidiram suspender a greve iniciada ontem (3). A suspensão foi motivada após decisão do desembargador Glauber Rêgo, que atendeu à solicitação do Governo. A decisão ainda prevê multa de R$ 10.000,00 por dia para as entidades sindicais, além de faltas e descontos salariais para os trabalhadores.
O movimento paredista da enfermagem tem como principal objetivo pressionar o executivo estadual a implementar o pagamento do Piso Salarial da Enfermagem, regulamentado pela Lei 14.434/2022.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaude/RN) a decisão judicial só foi informada à categoria quando a atividade grevista em frente ao Hospital Walfredo Gurgel já havia sido iniciada, na manhã de ontem (3).
“A decisão foi recebida de forma oficial, pelo Sindsaúde/RN, às 09h15 da segunda-feira (3), quando a categoria já estava mobilizada em frente ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Diante do novo cenário, os trabalhadores e trabalhadoras realizaram uma caminhada até a governadoria, onde se seguiu uma assembleia para definir os rumos da luta”, afirmou o sindicato por meio de sua assessoria de comunicação.
Os servidores da Saúde deverão se reunir em nova assembleia na próxima quinta-feira, dia 6, para reavaliar os rumos da mobilização e debater um novo indicativo de greve, não só para a enfermagem, mas para todo o setor da saúde estadual. O sindicato ressaltou o desagrado com a postura do Governo Fátima Bezerra em relação ao trato com os servidores da enfermagem.
“Após a exposição dos riscos, prós e contras, a categoria optou pela proposta de suspensão temporária da greve, até, pelo menos, a próxima Assembleia geral da saúde na quinta-feira (6) que terá indicativo de greve, não só para enfermagem, mas também para todo restante da categoria. (…) o trabalhador brasileiro é assegurado pela Lei 7.783/89 ao direito à greve, a atitude da governadora Fátima Bezerra (PT), que um dia já foi sindicalista, é de brutal ataque aos trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem que só desejam garantir o que é básico. Considerar uma greve como essa, mais do que justa, abusiva é uma atitude ditatorial (…)” destacou a entidade.
