Nas últimas semanas um assunto que povoou o noticiário foi o risco de um acidente grave nas madrugadas da Avenida João da Escóssia quando um trecho de uma das mais movimentadas artérias urbanas da cidade é reservado para as práticas esportivas.
A oposição não entrou de cabeça no debate. O governismo ficou numa discussão obtusa em defesa dos direitos de os atletas praticarem esportes, como se alguém estivesse querendo impedi-los.
O que estava em jogo ali era a segurança.
Mas mais do que isso. Falta um debate sobre o planejamento urbano com inclusão social com qualidade de vida e inclusão social.
Só quem ainda tocou nesse assunto foi a deputada estadual Isolda Dantas (PT) em um tuíte em que lembrou da necessidade de levar projetos como o da João da Escóssia de uma ponta a outra da cidade, incluindo a periferia e não apenas na elitista João da Escóssia.
Falta planejamento urbano na gestão de Allyson como faltou nas gestões anteriores. O prefeito caminha para o fim do terceiro ano de mandato sem dar sinais de colocar em discussão a atualização do novo plano diretor da cidade.
A Mossoró de 2023 é bem diferente dos anos 2000 quando tivemos a última atualização do plano diretor. Hoje existe uma maior consciência da necessidade da prática esportiva e as vias públicas precisam ser planejadas com esse espaço garantido para corredores, ciclistas e caminhantes.
O que temos nas madrugadas da João da Escóssia desde 2021 é uma improvisação que mais dia, menos dia vai resultar em um grave acidente.
O debate vai muito além do problema da avenida mais chique de Mossoró.
