As tentativas de Allyson me calar em três atos

Allyson parte para o ataque (Foto: reprodução)

O prefeito Allyson Bezerra (União) nunca foi com minha cara. Da parte dele é uma questão pessoal a ponto de no final de 2020 condicionar uma entrevista a Agência Moscow a minha ausência.

Dar ou não entrevistas a um jornalista é uma decisão pessoal, é um direito dele que ao ser exercido demonstra medo de lidar com as minhas perguntas.

Após a posse fui surpreendido com um pedido de orçamento para a Prefeitura de Mossoró anunciar no Blog do Barreto. Enviei a tabela e os anúncios foram realizados.

O prefeito e sua turma achavam que com isso eu não teria uma postura crítica à gestão. Mas eu não me curvo a anunciantes e sigo a minha consciência. No ano passado, o envio dos anúncios foi cancelado sem maiores explicações.

No mês seguinte, o segundo ato: o assédio judicial. O prefeito me colocou como polo passivo em um processo que move contra o Blog Boca da Noite. O meu texto cita a fonte, mas tem um teor meramente informativo.

Mais uma vez a estratégia não deu resultados porque segui com a postura crítica de sempre diante de uma gestão que se pauta por um marketing eficiente, massacra os servidores municipais e consegue esconder diversas mazelas.

Após revelar que o então homem forte do governo, Kadson Eduardo, estava condenado por falsificação de documentos virei alvo e iniciou o terceiro ato para me intimidar. Primeiro fuçaram minha vida para encontrar alguma coisa que pudesse me incriminar (fui alertado por amigos de que isso estava em curso). Como não acharam nada, requentaram uma velha fake news envolvendo a minha ex-esposa. Ela é uma mulher decente, batalhadora e estudiosa. Não merecia ter o nome dela e da clínica dela envolvido em tamanha canalhice.

Ela esteve sim no Gabinete da deputada estadual Isolda Dantas (PT) e isso já era de domínio público há anos. Ela estava lotada no escritório de Mossoró e só saiu, por vontade própria, no mês passado para se dedicar a uma seleção de doutorado e concursos públicos.

Ela participava de reuniões e sugeria projetos, como qualquer assessor. A canalhice promovida pela tropa de choque do prefeito tentou associar ao fato dela ter uma clínica a uma condição de “servidora fantasma”. Sendo que ela não é a única dentista que atende no local. Há uma equipe de profissionais por lá, o que torna inverossímil a ideia de que ela trabalha na clínica de segunda a sábado em dois expedientes.

O terceiro ato foi o mais covarde de todos porque envolveu uma pessoa, que apesar de não fazer mais parte da minha, vida sempre será muito importante para mim.

A minha resposta será a mesma: seguir fazendo jornalismo com críticas fundamentadas e notícias com começo, meio e fim sem negar o direito ao contraditório.

O prefeito quer criar uma cortina de fumaça por estar acuado por uma série de escândalos envolvendo sua gestão.

Tenho muitos defeitos, ser covarde não é um deles.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto