No site “O Potiguar” o cientista político Daniel Menezes traz uma interpretação um pouco diferente da nossa a respeito do que motivou a entrega do cargos da senadora Fátima Bezerra realizada hoje. Na visão do natalense tudo passa por uma crise interna no PT. A meu ver a minha análise e a de Daniel se complementam.
“A insatisfação vivenciada pelo grupo da senadora Fátima Bezerra só pode ser entendido, se as entrelinhas forem levadas em consideração. Os representantes do seu grupo alegaram que entregaram a pasta da Cultura, através de Rodrigo Bico.
Mas esse não é o elemento fundamental. A pergunta que deve ser feita é: das seis secretarias, espaço ímpar do Partido dos Trabalhadores numa administração estadual, Fátima Bezerra só indicou apenas um membro de primeiro escalão? Com sua movimentação e entrega dos cargos, a senadora externou uma repartição desigual que só pode ser resolvida dentro da agremiação.
O descontentamento é, sobretudo, interno. Fátima é a principal liderança do partido no Rio Grande do Norte. No entanto, ficou a mercê da maioria que Mineiro tem na burocracia interna do PT. Do ponto de vista do controle de orçamento o desequilíbrio é ainda mais gritante.
O que acontece, nesse sentido, é o seguinte: Fátima Bezerra avaliza a aliança com o PSD, mas Mineiro e outras correntes menores da agremiação se apossam dos espaços da gestão e a senadora fica só com a Cultura. Além de possíveis queixas, foi o efetivamente evidenciado”.
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