Atrás de receber o dinheiro das obras realizadas para a Prefeitura de Mossoró em parceria com a Octha Engenharia, o empresário Francisco Erinaldo da Silva enviou um áudio reclamando que o dinheiro depositado em 23 de junho de 2022 não era o valor combinado.
A Octha repassou R$ 100 mil para a empresa de Erinaldo, a Metal Constru Serv e Transporte LTDA.
Pelas contas de Erinaldo, descontando os 25%, que pelo áudio não fica claro para que seria, ele deveria receber R$ 150 mil.
Ele faz uma cobrança a Luiz Augusto da Octha. “Se entrou 200 e poucos mil, tirando os 25(%), a gente sabe que tem que botar 150 (mil). Bote esses cinquenta, amigo! Por que você não botou os 150?”, questionou.
Erinaldo disse que tem sofrido humilhações para receber o dinheiro da Prefeitura de Mossoró e dá a entender que a Octha não tocou na obra (que deve ser o da Praça do Basquete) e deveria apenas repassar o dinheiro. O diálogo explicita a fraude na licitação tendo em vista que a empresa de Erinaldo sequer participou da licitação.
“É uma luta para falar com a Prefeitura e outra luta para falar com você”, disparou.
A seguir o documento da transferência de “apenas” R$ 100 mil:

Erinaldo conta no áudio em que desabafa que adiantou R$ 33 mil para a Octha e que entrou dinheiro e o colega não repassou. Em seguida o construtor relata que o problema aconteceu em outros pagamentos. “No primeiro pagamento você já segurou um pedaço. No outro pagamento você já segurou outro pedaço. Por que que você faz isso?”, questionou.
“Parece que nessa merda desse negócio só quem tem palavra sou eu. A Prefeitura não tem palavra. Aí o nosso combinado cê não tá cumprindo. Eu tô ‘P’ da vida com isso!”, desabafou em seguida.
No final da conversa, Erinaldo faz um apelo por entendimento com alegorias românticas. “Só depende de você pra gente anadar de mão dada (sic), sabe? De mão dada (sic) se abraçando, se cheirando”, sugeriu.
Confira o áudio:
Contexto
Erinaldo congregava na mesma Igreja que Allyson Bezerra e foi convidado por intermediários ligados ao prefeito como Célio Martins (“Celito”) e Eudócio Mota para ser subcontratado por empresas vencedoras de licitações para realizar obras em praças de Mossoró.
Esses personagens vão aparecer de forma mais explícitas nos próximos áudios.
