Michelle Bolsonaro veio ao RN se portar como a Serena Joy tupiniquim

Michelle Bolsonaro cada vez mais parecida com a vilã do Conto da Aia (Foto: reprodução)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro veio ao Rio Grande do Norte fazer campanha para ser o nome do bolsonarismo a presidência em 2026. Ela tem um papel muito semelhante ao da personagem Serena Joy do livro o “Conto da Aia”, romance distópico da escritora Margaret Atwood, que inspirou um seriado de sucesso na Amazon.

Já li o livro e acompanho o seriado (ainda não assisti a última temporada). Daí a percepção da semelhança entre as duas.

O Conto da Aia é uma história que se passa em um futuro próximo em que há uma crise de natalidade provocada por uma pandemia de infertilidade feminina.

Ela é a líder feminina de um movimento fundamentalista religioso que distorce os preceitos cristãos e dá um golpe de Estado nos Estados Unidos instaurando a República de Gileade, que passa adotar uma sociedade de castas que submente as mulheres a situações degradantes.

Não vou me alongar sobre a obra, mas na história Serena Joy cumpre um papel muito semelhante ao de Michelle, uma fundamentalista religiosa cujo discurso passa longe do que Jesus Cristo pregou.

No último sábado, a nossa Serena Joy tupiniquim veio ao Rio Grande do Norte disparar insultos contra o presidente Lula, mentir sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e chamar de burros os mais de 60% de eleitores potiguares que votaram no petista.

Michelle cumpre um papel de alienação sobre as mulheres de direita que acham que devem se submeter aos homens com base em fundamentalismo religioso.

Quem não leu “O Conto da Aia” nem viu o seriado fica a dica. Você verá muitas semelhanças não só entre Michelle e Serena, mas terá noção do que aconteceria se os Malafaias da vida tomarem o poder no Brasil.