O boleto de 2022 chegou caro para Fátima

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O boleto da política sempre chega. A governadora Fátima Bezerra (PT) sabia do risco que estava correndo quando foi montar o palanque para 2022.

Ela colocou dois Alves, Carlos Eduardo para o Senado e Walter para vice-governador, deixando o palanque pesado. Mas se era o suficiente para vencer no primeiro turno evitando sustos num segundo turno imprevisível, ela entregou de bandeja o Senado ao bolsonarista Rogério Marinho e ficou engessada par 2026 com um emedebista de vice.

Fátima se confiou no futuro e na força de Lula presidente.

Mas a quadra histórica foi implacável com a governadora que entrou num looping de impopularidade após a crise da segurança de março de 2023 e não conseguiu reverter mesmo reduzindo os índices de violência, ampliando direitos dos servidores e recuperando as estradas.

O eleitor não cedeu e faltou luta política.

Walter é Alves, é MDB e logo é um político pragmático que sente para onde o vento sopra.

Todos os caminhos levam a Allyson Bezerra (UB). O prefeito de Mossoró superou 2025 mantendo-se líder nas pesquisas ao Governo do Estado.

Assim, os aliados Fátima que estão mais ao centro, migram para o palanque do prefeito.

Fátima quer disputar o Senado, mas para isso terá que entregar a máquina do Estado a um político adversário que pode ser Walter ou um eleito indiretamente na Assembleia Legislativa.

O boleto do palanque mal montado de 2022 chegou. Fátima terá que pagar sacrificando a candidatura dela ao Senado ou sacrificando o PT potiguar.

Se ficar o chapéu de couro pega, se correr o MDB come.