Domingo dia de futebol: O ROLO COMPRESSOR COLORADO

Inter

Em pé: Manga, Claudio, Figueroa, Vacaria, Marinho Peres e Falcão;

Agachados: Valdomiro, Jair, Dario, Caçapava e Lula.

Por Gustavo Azevedo

O Internacional não tinha do que reclamar em 1973. Afinal, naquele mesmo ano conquistara o pentacampeonato gaúcho. Mas a torcida e os dirigentes queriam mais. Queriam mostrar ao Brasil o Rolo Compressor Colorado. Para isso montaram um time que privilegiava a força sem esquecer a arte. O clube já contava com o chileno Figueroa na zaga e o garoto Falcão no meio campo, mas os reforços vieram com a contratação de um técnico cheio de idéias, Rubens Minelli, e do goleiro Manga. Assim, o Inter conquistou o primeiro título brasileiro em 1975, em cima do timaço do Cruzeiro que tinha craques com o Piazza, Nelinho e Joãozinho.

No ano seguinte, o que estava bom ficou melhor com a chegada do zagueiro Marinho Peres e do folclórico Dadá Maravilha. O bi brasileiro veio fácil em cima de um Corinthians sem brilho. Tanto que a torcida colorada até hoje considera o jogo anterior a final contra o Atlético Mineiro, no dia 05 de dezembro de 1976 a verdadeira decisão, de virada por 2×1, com um golaço de Falcão no último minuto de jogo.

Em casa, o esquadrão colorado continuava torturando o adversário Grêmio, que viu o rival se tornar octacampeão gaúcho em 1976. O que o Inter fez em apenas dois anos no Brasil foram obras que os deuses do futebol aplaudem sempre quando mencionadas. As apresentações daquele time no Beira-Rio sempre lotado e praticamente recém inaugurado (em 1969), eram magníficas. Como não se lembrar da tabelinha de cabeça entre Escurinho e Falcão que resultou, no já acima mencionado gol da vitória, de virada, sobre o Atlético-MG em 1976? Como não se lembrar do “gol iluminado” de Figueroa na decisão do Brasileiro de 1975? Como não se lembrar daquele Inter calando o Maracanã ao derrotar a temida máquina tricolor do Fluminense, de Rivellino, Carlos Alberto Torres e Paulo César Caju? Não tem como ficar avesso a um time de tanta qualidade e tanto brilho. Bah, Inter!

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto