Cara de pau! Não há outra expressão para avaliar o comportamento do senador eleito Rogério Marinho (PL) ao criticar a proposta da equipe de transição para garantir recursos para área social no futuro governo Lula (PT).
A chamada PEC da Transição visa garantir recursos ao orçamento de 2023 que não foram assegurados na peça enviada ao Congresso Nacional pelo moribundo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Rogério, notório beneficiário eleitoral do tratoraço e do orçamento secreto, voltou as redes sociais para espernear contra a PEC da transição, que visa garantir comida para quem precisa, em nome da responsabilidade fiscal.
“Lamentável postura de parte de nossos senadores, essa proposta aumentará juros, inflação e câmbio. Vai explodir as contas públicas e penalizar os mais pobres. Os 600 reais podem ser concedidos sem cheque em branco Para governo do PT. Importante termos responsabilidade com o país”, escreveu no Twitter.
Rogério age que como se não tivesse feito parte do governo como ministro do desenvolvimento regional que comandou o esquema do tratoraço na Codevasf, que estima R$ 3 bilhões em obras superfaturas e está sob a mira do TCU. Rogério ainda responde a processo na esfera eleitoral envolvendo a distribuição de recursos privilegiando aliados no orçamento secreto.
Quando Bolsonaro furou o teto cinco vezes, Rogério não demonstrou essa preocupação com as contas públicas. De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Bolsonaro estourou o teto de gastos em R$ 795 bilhões sob aplauso de seu principal aliado no Rio Grande do Norte.
Agora, como não se beneficia pessoalmente, Rogério chia nas redes sociais e ainda tem a cara de pau de dizer que o governo que está no crepúsculo deixa um legado de responsabilidade fiscal. “Desmonte acelerado do legado de responsabilidade fiscal já começou. PT se comporta de forma típica: saúvas devorando a plantação que foi preparada, e cuidada por outros. Espero que congresso atual proteja o BRASIL e nosso futuro da avidez dos companheiros”, disparou.
Rogério Marinho não tem um pingo de moral para falar em responsabilidade fiscal.