A diferença da governante que negocia e da que persegue

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Há tempos que defendo nos meus espaços midiáticos que a relação dos governantes com sindicatos e fornecedores deve ser de intensa negociação e construção de consensos. É assim que deve funcionar a boa política.

É assim que o gestor se mostra democrático e aberto à convivência com o contraditório.

No mundo binário em que estamos inseridos onde “lacrar” vale mais que ponderar e refletir sobre os fatos dizer o óbvio é pregar num deserto de ideias.

Político não é “tudo a mesma coisa”. Isso é frase de quem procura a comodidade de uma pretensa isenção como se subir no muro fosse meritório ou trouxesse um status de estar acima dos que se posicionam.

Vejamos um exemplo bem claro num comparativo entre a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) e a governadora Fátima Bezerra (PT).

Rosalba vive às turras com o Sindicato dos Servidores Público Municipais (Sindserpum). Há dois anos não dialoga com as categorias e, de quebra, agiu para sufocar a entidade financeiramente.

Resultado: desgaste e manchetes negativas.

A governadora Fátima Bezerra (PT) faz diferente. Tem dialogado com as categorias e até mesmo quando dá uma escorregada como fez com os policiais civis teve a capacidade de corrigir os rumos e sentar para dialogar e fechar um acordo. Mesmo com a classe empresarial cuja a falta de afinidade ideológica é notória ela soube recuar quando criticada pelo decreto que suspendia o pagamento dos atrasados com os fornecedores.

Resultado: a paralisação de ontem durou poucas horas e o governo se poupou de um desgaste. Com os fornecedores, o governo mostrou que sabe ouvir e respeita os diferentes.

Claro que a história de vida e as ideologias de ambas influencia nestas posturas.

Rosalba é uma representante das elites oligárquicas do Estado. Fátima vem das camadas populares e fez seu nome no movimento sindical.

Político não é “tudo a mesma coisa”.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto