Se acompanhasse a política do Rio Grande do Norte na mesma proporção que trata das questões nacionais o cientista político Alberto Carlos de Almeida avaliaria que a disputa pelo Governo do Estado no “Sofrido Elefante” estaria entediante.
Por um longo tempo (cerca de um ano) as pesquisas indicaram um quadro estável com a governadora Fátima Bezerra (PT) mantendo uma distância segura de 20 pontos percentuais para os adversários que se revezaram no segundo lugar.
A desaprovação acima dos 40% atentava para o risco de alguém crescer representante a parcela da sociedade descontente com a gestão petista. O problema é que a aprovação também estava acima dos 40%, o que indicava dúvida se ela seria reeleita.
O desenrolar da campanha tem sido favorável a governadora. Ela tem crescido mais que os dois principais adversários, o senador Styvenson Valntim (PODE) e o ex-vice-governador Fábio Dantas (SD), e melhorando a avaliação do governo na maioria das pesquisas (Confira AQUI).
Ela tem segurado a vantagem confortável e há duas semanas das eleições tem chances reais de vencer no primeiro turno usando uma estratégia de cozinhar a campanha em fogo brando evitando dar margem para que os adversários polarizem com ela.
O quadro de eleição entediante no Rio Grande do Norte segue na mesma linha da disputa presidencial onde o ex-presidente Lula (PT) vem mantendo distância segura sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e sonha com a vitória em primeiro turno.
Disputa quente temos mesmo é pela vaga no Senado, mas aí é tema para uma outra análise.
