A história do mossoroense que arrecadou pix para fazer uma caravana golpista no domingo

Heverton alega que teve telefone clonado (Foto: reprodução)

Blog William Robson

Através de conversas em grupos de Whatsapp, um mossoroense pedia para que bolsonaristas apoiassem tanto comparecendo a Brasília, quanto enviando PIX par custear caravanas em direção a capital. O técnico em segurança, Herverton Cavalcante, postou convites para integrar um grupo na rede de mensagens instantâneas “Caravana da Liberdade”,  afirmando o seguinte: “Pessoal de Mossoró e região, precisamos saber quem pode fazer esta viagem para Brasília”.

Para garantir que os integrantes da caravana fossem pessoas de confiança, o Instagram e o Facebook seriam conferidos. Herveton é um bolsonarista e, em entrevista ao blog WILLIAM ROBSON, concedida através do telefone disponibilizado nas redes sociais, confirmou que também participou do acampamento no Tiro de Guerra, em Mossoró. “Mas, foi apenas uma vez, no primeiro dia”, explicou.

Nas mensagens atribuídas a Heverton, em que organiza as caravanas, ele fala de uma parceria com “a turma de Natal” e que precisaria arregimentar dez ônibus. No entanto, estaria enfrentando dificuldades. “Infelizmente, muita gente que não acredita e de pouca fé, mas não queremos ouvir pessoas assim… desmotiva e não agrega nada”, afirmou. “Força e paixão pelo Brasil e nossa liberdade”.

Ao final, oferece o seu pix pessoal. O blog acionou a chave disponibilizada e que confirma o nome de Heverton Cavalcante Rodrigues.

Em contato com o blog, ele disse que seu whatsapp foi clonado. “Eu trabalho embarcado 14 dias, como iria organizar caravana? Votei em Bolsonaro, mas não estava mais envolvido com estas discussões de política. Tenho famílía e contas para pagar”, comentou. Ele pretende prestar queixa da clonagem na Polícia Militar e Polícia Federal ainda nesta quarta-feira (11). “Inclusive resetei meu whatsapp e devolvi os Pix daqueles que enviaram”, afirmou ele, que recebeu dinheiro de oito pessoas.

No entanto, o contato com Heverton continua sendo através do número que ele afirmou, supostamente, ter sido clonado.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto