A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) tem como marca a “rosa”, uma sacada de marketing que parte das duas primeiras sílabas de seu nome e lhe dá uma aura de leveza, quando nos anos 1980 as mulheres começavam a ocupar mais espaços na política.
O problema é que a “Rosa” é como uma planta carnívora, que bem ao estilo Freddy Krueger devora sonhos dos mossoroenses com promessas não cumpridas e falácias. Foi assim na proposta de reforma do estádio Nogueirão, marcação de consultas com aplicativos de celulares, propaganda enganosa com aeroporto e a reforma do Teatro Lauro Monte que só saiu do papel no fim da gestão de Robinson Faria. A lista de promessas não cumpridas não caberia neste artigo de opinião porque só num livro contemplaria a demanda.
Não está sendo diferente nesta guerra com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDSERPUM) em que a prefeita reajusta salários em 3,75% sem negociar dizendo que negocia. Fala em valorização dos servidores quando repõe apenas um terço das perdas inflacionárias sem a aquiescência dos trabalhadores.
Repito: tudo sem negociar.
Com os professores ela descumpre o piso (ver AQUI) a ponto de a própria comunicação oficial se atrapalhar com os percentuais (ver AQUI) revelando o não cumprimento dos 40% acima do piso para os professores de nível superior com 40 horas semanais.
A Rosa vai murchando sem ser incomodada pela mais absoluta falta de predadores articulados na oposição. Ela ainda tem uma vantagem adicional: os mamulengos travestidos de vereadores que compõem a bancada governista.
Manipulados como bons mamulengos, eles assumiram para si o desgaste cuja responsabilidade deveria recair para a prefeita. Na sessão, ignoraram os questionamentos dos professores e tentaram posar de vítimas como canastrões num palco por causa de vaias e excessos de alguns manifestantes.
O escudo retórico, não colou. Os outdoors espalhados pela cidade (ver AQUI) se converteram em manifestação legítima dos servidores deixando a prefeita poupada do desgaste por mais que a foto dela apareça num cantinho.
Esperta, a prefeita fingiu que não tinha nada com o assunto, deixando os mamulengos esperneando. Num gesto infantil, típico de personagens de teatro para crianças da pior qualidade, os governistas “botaram boneco” ontem para não aprovar uma honraria para a presidente do SINDSERPUM Marleide Cunha em uma sessão solene a ser realizada no próximo dia 29 (ver AQUI) como não houve quórum, os parlamentares tiveram a ideia de jerico de dar um título de persona non grata a uma sindicalista fazendo dela vítima no imaginário popular.
A manipulação dos mamulengos permitiu que o foco de toda a polêmica continuasse em cima deles e de uma forma ainda mais profunda. A Rosa carnívora só não saboreou o bode que estava na sala dela porque num milagre que só a política pode proporcionar ele foi voando para o plenário da Câmara Municipal.
Os mamulengos distraem s massa poupando a verdadeira responsável pela polêmica: a Rosa carnívora.