Desde que me entendo como servidor da UERN recursos do custeio são contingenciados no início do ano. Desde de sempre a universidade teve dificuldade para receber recursos para investimentos.
Este ano não diferente. O que mudou foi a repercussão.
Os problemas de sempre se repetem e a atual gestão da UERN só tem conseguido investir algo nos últimos seis anos graças a uma parceria com a bancada federal que tem sido fundamental para receber recursos da União.
A UERN é uma universidade feita por gente que faz muito com pouco, mas sempre foi alvo de perseguições.
Quando o desembargador Cláudio Santos defendeu a privatização da UERN vários setores da mídia endossaram as palavras dele.
Outros se calaram.
Agora essa mesma turma alardeia como cortes a diferença de R$ 300 mil entre a necessidade e o que é repassado para o custeio (entenda essa história AQUI) e corte (aí sim, corte) de 100% dos investimentos do Governo do Estado.
O objetivo desse pessoal não é defender a UERN, mas “lacrar” em cima dos setores da esquerda que, de fato, se calam agora diante destes dados.
Há uma intensa negociação entre Governo e UERN como também houve em gestões anteriores. A governadora Fátima Bezerra (PT) está em dívida com a UERN, como seus antecessores também estiveram. Digo mais: ela ao manter esse tratamento se contradiz no seu discurso em defesa da educação.
A UERN é maior que a picuinha política de hoje. Temos 89% de alunos oriundos de escolas públicas, cumprimos um papel fundamental na formação de profissionais no interior do Estado com graduação e pós-graduação.
Que bom que a importância da UERN foi finalmente descoberta pelos que antes se calavam ou endossavam ataques à universidade do povão.
Sejam bem-vindos à luta!