Por onde ando ouço a avaliação de que o prefeito Allyson Bezerra (SD) cometeu um erro de estratégia ao demitir os servidores do gabinete do vice-prefeito Fernandinho (Republicanos).
De fato essas avaliações estão corretas.
Ficou a imagem de que o prefeito sacramentou o rompimento. Como sempre escrevo por nesta página: política é feita de simbologias.
Fernandinho não deu qualquer declaração pública criticando a gestão nem agiu para prejudicar Allyson. O prefeito tomou uma atitude drástica sem que antes a corda fosse esticada no debate público.
Sem espaço, compreensivelmente pela sua baixíssima influência política na sociedade, Fernandinho decidiu ser candidato a deputado estadual em faixa própria sem exigir apoio de Allyson. Sem contar a aproximação com a governadora Fátima Bezerra (SD). O prefeito poderia tornar esta uma ponte para parcerias com o Governo do RN.
Se sou o prefeito não teria feito nada. Deixava o vice quebrar a cara nas urnas.
O prefeito escolheu o confronto e ficou com o desgaste. Pouco relevante no debate público, Fernadinho ficou mais conhecido e com o posto de vítima.
O jovem Allyson precisa aprender a velha estratégia de deixar como está para ver como é que fica e manusear a arte de engolir sapos.
Tendo razão ou não, o prefeito errou na estratégia.
Habilidade política requer a capacidade de reduzir o tamanho dos problemas quando eles batem a porta do líder.