As alternativas para os quatro pilares da oposição em Mossoró e a união impossível

A oposição hoje em Mossoró estaria dividida em quatro pilares que podem se misturar ou se distanciar até 2020. Dependerá da conjuntura da reta final das articulações que ocorrerão daqui a um ano e meio.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) vive neste momento o auge do desgaste, mas não é Francisco José Junior (explicarei isso em outro texto).

Se a oposição não se organiza, Rosalba vence mesmo que chegue ao pleito ainda com impopularidade.

Não é uma tarefa fácil juntar essa turma.

Em termos de representatividade a oposição mossoroense está dividida em quatro grupos:

Bolsonarismo;

Tião/Jorge;

Esquerda;

Solidariedade.

O bolsonarismo não se mistura com a esquerda. A esquerda não se mistura com o bolsonarismo.

Fato!

Só isso já torna a união das oposições uma tarefa impossível.

O grupo dos empresários Tião Couto e Jorge do Rosário se resume praticamente a eles dois, mas ainda tem recall de 2016 mesmo que bem combalido pelo desastre de 2018. Não é certo que eles tenham musculatura para o próximo ano. Mas eles estão no jogo e Tião anda demostrando nas redes sociais que deseja uma proximidade com o bolsonarismo.

Há alguma afinidade.

O bolsonarismo “ficou” politicamente com Rosalba no segundo turno das eleições de 2018, mas o namoro não engatou. O presidente do PSL municipal, Daniel Sampaio, deixou claro em entrevista ao jornalista Saulo Vale na Rádio Rural que é oposição à direita. O bolsonarismo (será tema para um artigo específico) é uma realidade em Mossoró que não pode ser ignorada.

Ao centro o Solidariedade pode se entender com qualquer dos lados. Tudo passa pela relação do deputado estadual Allyson Bezerra com o governo Fátima Bezerra (PT) e a conjuntura política do próximo ano que certamente não será a mesma de março de 2019. As conversas estão abertas.

A esquerda nunca esteve tão forte em Mossoró. Em 2016 teve com Gutemberg Dias (PC do B) o melhor desempenho de um esquerdista numa corrida ao Palácio da Resistência, Fátima mal fez campanha na cidade e foi a mais votada nos dois turnos em 2018. Além disso, o PT elegeu Isolda Dantas deputada estadual e teve Fernando Mineiro e Natália Bonavides com votações expressivas na capital do Oeste.

Mas, hoje há um distanciamento com o PC do B, o que por si só já tira a condição de homogeneidade desta corrente de pensamento.

Juntar a oposição será praticamente impossível. As conversas estão em aberto, mas diria que três cenários são mais possíveis para estes grupos:

  • Quatro candidaturas fracas;
  • União de três grupos deixando um isolado;
  • Duas candidaturas competitivas.

As conversas estão apenas começando e quem é cocho parte cedo.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto