Em 2016, praticamente nenhum vereador se organizou para o pleito. Deixaram, como sempre, tudo para a última hora. Resultado: dos 21 vereadores somente 8 conseguiram a reeleição.
A renovação, logicamente, não se deu apenas pela revolta com a Câmara Municipal de Mossoró que de tão subserviente foi apelidada pelo jornalista Emery Costa de “secretaria de assuntos legislativos”.
Foi um misto de falta de organização nos partidos, dependência exclusiva do Palácio da Resistência e erros estratégicos na escolha de coligações.
Dois vereadores da época que poderiam ter sido reeleitos sequer são suplentes porque suas coligações não atingiram o quociente eleitoral: Lucélio Guilherme (1.001 votos) e Vingt-um Rosado Neto (1.493 votos). Ambos foram mais votados que vereadores eleitos.
Para 2020 não teremos coligações, mas o que enxergo é pouquíssimos vereadores se organizando. Na base do governo todos aguardam o que Carlos Augusto Rosado vai indicar. O que ele indica não é garantia de êxito. Botou Lucélio Guilherme numa coligação e entre PTB e PT do B que teve apenas 2.046 votos. Ele também formatou uma aliança PP/PSB/PMDB/PDT que exclui os vereadores Tomaz Neto e Genivan Vale, dois políticos conhecidos pela postura independente, e que dificilmente hoje ainda estaria na base governista.
Fora do círculo rosalbista muita gente forte ficou de fora por más escolhas como Soldado Jadson, Cícera Nogueira, Claudionor dos Santos e Narcizio Silva. O então prefeito Francisco José Junior empurrou os vereadores em coligações que foram verdadeiros cadafalsos eleitorais.
Tudo leva a crer que em 2020 “Ravengar” vai montar pelo menos três chapões em PDT, PP e PTB. Vai ser um salve-se quem puder. Está com menos riscos quem já tomou rumo como Aline Couto que foi pro Avante ou Didi de Arnor que está num Republicanos com nominata organizada.
São poucos os vereadores que estão cuidando da parte política. São estes que estarão com as reeleições encaminhadas independente de serem ou não bons representantes do povo.