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A pergunta que não é feita no Rio Grande do Norte: por que Álvaro Dias (PSDB) foi o único prefeito a assinar o decreto que endureceu as medidas de restrição social que entram em vigor a partir de sábado?
A pergunta tem uma resposta incômoda para Álvaro e seus apoiadores: ele é o único prefeito que tentou melar as medidas de isolamento social tomadas pelo Governo do Estado no dia 5 de março. Ele é o principal defensor do tratamento precoce contra covid-19 mesmo este não tendo qualquer comprovação científica aceita pelas agências sanitárias.
Médico, Álvaro se tornou símbolo do negacionismo científico no Rio Grande do Norte, sendo criticado, inclusive, em nível nacional.
Ontem nas tratativas para o decreto que endureceu as medidas contra a covid-19, Álvaro tentou se colocar como um obstáculo batendo de frente com o Comitê Científico, mas terminou sendo enquadrado pelo Ministério Público que lembrou que ele poderia ser responsabilizado pelas mortes provocadas distribuição em massa de ivermectina enganando o povo que o medicamento para piolho e verme trata covid-19.
Segundo o Blog O Potiguar (ver AQUI) Álvaro só recuou após ser lembrado das investigações.
Com histórico de tentar melar as ações com interesses políticos visando 2022, Dias terminou assinando o decreto que os demais prefeitos não precisaram assinar.
A assinatura de Álvaro funcionou como uma espécie carta de garantia de que ele não voltaria a melar ações contra a propagação da doença na capital por pura politicagem tendo em vista que sempre vai prevalecer o decreto que endurece as ações.
Hoje o prefeito deu uma entrevista no RN TV em que defendeu o uso da máscara e álcool em gel. Chamou a atenção ele não ter falado em ivermectina nem “tratamento” precoce. E o que mais chamou a atenção: defendeu com veemência o decreto.
O prefeito de Natal foi enquadrado como uma criança birrenta. Seu negacionismo foi infantilizado.