Bolsonarismo está disperso no RN e mais perece uma versão ressentida do poema “Quadrilha”

Bolsonarismo se dividiu em três partes no RN (Fotomontagem: Blog do Barreto)

Coronel Azevedo brigou com o PSL que brigou com Girão que brigou com Daniel Sampaio que não brigou com ninguém. É numa versão ressentida do poema “Quadrilha” que o bolsonarismo se dispersou no Rio Grande do Norte.

Se nas eleições de 2018 todos estavam no PSL unidos em torno daquele que viria a ser eleito presidente da República, na metade de 2020 a coisa é bem diferente.

Primeiro foi o deputado estadual Coronel Azevedo que por divergências com o PSL conseguiu liberação na Justiça Eleitoral para migrar para o PSC. Depois foi o deputado federal General Girão que se posicionou ao lado de Bolsonaro na crise interna do PSL e vai deixar o partido. Agora o mesmo Girão ataca o médico Daniel Sampaio e o chama “traidor” em entrevista ao jornalista Saulo Vale.

Já Daniel Sampaio não brigou com ninguém, mas fez uma escolha controversa dentro do seio do bolsonarismo potiguar.

Resultado disso: o bolsonarismo no Rio Grande do Norte se abriu em três frentes. 1) o que seguem Coronel Azevedo no PSC; 2) os que ficaram com Girão estão acomodados no PRTB; 3) e os que ficaram no PSL, mas se dizem leais ao presidente.

Aqui em Mossoró o reflexo disso é que o bolsonarismo terá duas candidaturas a prefeito: Daniel Sampaio pelo PSL e Dra Ângela Schneider pelo PRTB. O PSC tem uma boa nomita para Câmara Municipal e deve compor com alguma candidatura de direita no plano local.

Aviso: aos bolsonaristas que vão dar chilique nas redes sociais deixo o poema “Quadrilha” do genial Carlos Drumond de Andrade.

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto