O ex-deputado estadual Carlos Augusto ainda não decidiu quem será o vice da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP). Nem vai decidir agora. Reza a tradição “carlosaugustiana” das decisões serem tomadas em cima da hora e sempre com base em pesquisas.
Independente disso, o vice escolhido trará uma série de significados e respostas.
Uma aliança com Sandra Rosado indicando o vice seria uma demonstração de fragilidade e temor de um crescimento de uma outra candidatura própria.
A indicação do PMDB seria a necessidade de formar uma aliança para tentar abrir as portas de Brasília.
A escolha de um nome de confiança como a ex-secretária Kátia Pinto seria estratégico e pensando numa desincompatibilização em 2018 para que Rosalba retorne ao Senado como vez por outra se especula.
O vice escolhido trará consigo muita simbologia e pode nortear a estratégia dos adversários.
“Como assim o eleitor?”. Deve estar se perguntando o leitor. Respondo com base nas três alternativas que se apresentam:
1) Vice indicado por Sandra simolizará acordão de adversários que passaram 30 anos se enfrentando. Discurso contra acordão sempre cola no Rio Grande do Norte.
2) Vice indicado pelo ministro Henrique Alves (PMDB) vai colocar a ex-governadora em contradição por se juntar ao seu algoz de 2014.
3) Vice interno como Kátia Pinto dará aos adversários o discurso de que ela vai se candidatar para cumprir um mandato de um ano e meio porque está pensando mesmo é em voltar ao Senado. Isso pode afastar eleitores.
Mas Carlos Augusto sempre tem uma carta na manga e pode apresentar uma alternativa fora do que vem sendo especulado.
Foto: Málio Forte