Cancelar carnaval e permitir eventos privados sem exigir passaporte da vacina é hipocrisia com pitadas de exclusão social

Sem folia na praça e com salões privados liberados, carnaval 2022 pode ser marcado pela exclusão (Foto: reprodução)

Prefeituras cancelaram as festas de réveillon, mas permitiram eventos privados sem fazer a devida fiscalização sobre a apresentação do passaporte vacinal.

Desde dezembro se fala em cancelamento das festas de carnaval enquanto que eventos como o Carnatal foram realizados normalmente sem qualquer exigência do passaporte vacinal, reforço.

Neste final de semana tivemos grandes eventos em Tibau e o tradicional Jegue Folia em Marcelino Vieira aqui pelo Oeste potiguar.

Não se falou em passaporte vacinal.

Quando a coisa aperta o setor de eventos é o que mais sente por ser o primeiro a ser afetado e o último a se normalizar. Quando alivia os protocolos vão para as cucuias.

As prefeituras tiraram a festa dos pobres e deixou rolar as dos mais endinheirados que sentem nojo só de pensar em dividir a praça pública com a “ralé”.

No carnaval vamos seguindo a mesma lógica que garante o lazer de quem tem grana e não quer se vacinar e retira dos pobres que se vacinaram a fuga da realidade em quatro dias de folia.

O cancelamento de eventos públicos e a permissão dos privados sem o devido cuidado em relação ao passaporte da vacina é uma não política pública. É uma vitória dos negacionistas que combatem a vacina.

Na prática pune os pobres numa hipocrisia com pitadas de exclusão social. Como não afeta quem tem poder e força no debate público fica normalizado o absurdo.

Se os eventos privados estivessem barrando a minoria barulhenta que não quer se vacinar já ajudaria um bocado.

Do jeito que está sendo feito está tudo errado!

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto