Prefeituras cancelaram as festas de réveillon, mas permitiram eventos privados sem fazer a devida fiscalização sobre a apresentação do passaporte vacinal.
Desde dezembro se fala em cancelamento das festas de carnaval enquanto que eventos como o Carnatal foram realizados normalmente sem qualquer exigência do passaporte vacinal, reforço.
Neste final de semana tivemos grandes eventos em Tibau e o tradicional Jegue Folia em Marcelino Vieira aqui pelo Oeste potiguar.
Não se falou em passaporte vacinal.
Quando a coisa aperta o setor de eventos é o que mais sente por ser o primeiro a ser afetado e o último a se normalizar. Quando alivia os protocolos vão para as cucuias.
As prefeituras tiraram a festa dos pobres e deixou rolar as dos mais endinheirados que sentem nojo só de pensar em dividir a praça pública com a “ralé”.
No carnaval vamos seguindo a mesma lógica que garante o lazer de quem tem grana e não quer se vacinar e retira dos pobres que se vacinaram a fuga da realidade em quatro dias de folia.
O cancelamento de eventos públicos e a permissão dos privados sem o devido cuidado em relação ao passaporte da vacina é uma não política pública. É uma vitória dos negacionistas que combatem a vacina.
Na prática pune os pobres numa hipocrisia com pitadas de exclusão social. Como não afeta quem tem poder e força no debate público fica normalizado o absurdo.
Se os eventos privados estivessem barrando a minoria barulhenta que não quer se vacinar já ajudaria um bocado.
Do jeito que está sendo feito está tudo errado!