Candidatos ao Governo e Senado escondem seus presidenciáveis

Com exceção da chapa do PT, demais grupos evitam “colar” em presidenciáveis

Até aqui os principais candidatos ao Governo e Senado no Rio Grande do Norte estão escondendo seus respectivos presidenciáveis. A exceção fica para a senadora Fátima Bezerra e seus parceiros políticos Zenaide Maia (PHS) e Alexandre Mota (PT) que abraçaram a candidatura de Lula.

Por coincidência, o trio expõe o único candidato a presidente que se encontra preso, condenado por corrupção. Não é para menos: Lula lidera as pesquisas de intenção de voto no Rio Grande do Norte com folga mesmo em um cenário que todos sabem que ao final ele será impedido de entrar na disputa por causa da lei da ficha limpa.

Por outro lado, pouca gente sabe que o candidato do governador Robinson Faria (PSD) é o tucano Geraldo Alckmin que também, logicamente, tem o apoio de Geraldo Melo que tenta voltar ao Senado.

No palanque de Carlos Eduardo Alves (PDT) há divisão. O pedetista vai de Ciro Gomes, candidato a presidente de seu partido. Os candidatos ao Senado Antônio Jácome (PODE) e Garibaldi Alves Filho (MDB) apoiam respectivamente Álvaro Dias e Henrique Meirelles.

Líder nas pesquisas para o Senado, Capitão Styvenson Valentim deveria, em tese, apoiar Marina Silva que é a candidata do seu partido, a Rede Sustentabilidade. Mas ele sempre deixa claro nas entrevistas que não vai declarar apoios.

Na dianteira nas pesquisas presidenciais no cenário sem o ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro não tem um palanque forte no Estado. O PSL está encaixado na coligação liderada pelo Solidariedade cujo candidato ao Governo é Brenno Queiroga. Quem se apresenta como o candidato do “Mito” no Estado é Heró Bezerra (PRTB).

O pouco engajamento dos principais candidatos ao Governo e Senado no Rio Grande do Norte se explica por vários fatores. Primeiro porque o Estado corresponde a 1,6% do eleitorado nacional despertando pouca atenção dos presidenciáveis. Segundo porque o debate nacional não interessa aos próprios candidatos que estão focados na própria sobrevivência. Insistir em candidatos com baixo desempenho eleitoral seria um peso a mais.

O tempo é curto para a conquista do voto.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto