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Bolsonarismo coloniza a mente dos dirigentes do Sintern

Quando a então senadora Fátima Bezerra (PT) venceu a eleição para o Governo do Estado em 2018 iniciou-se a gritaria do bolsonarismo potiguar em torno da relação da petista com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sintern).

Fátima foi presidente da entidade, liderou greves e como parlamentar foi defensora do Fundeb e do piso nacional dos professores.

Por essa história, muito se esperava dela em relação a categoria, que deixou o bolsonarismo assanhado e com o dedo pronto para apontar contra a governadora eleita. Em outra frente, o Sintern, pelo histórico de ligação com o PT, já começou a ser acusado de fazer corpo mole em relação as pautas.

O bolsonarismo jogou a isca, o Sintern mordeu e se lambuzou a ponto de se deixar colonizar pelo bolsonarismo.

A partir de então, o Sintern passou a jogar duro com Fátima na pressão por conquistas que viriam naturalmente dada a boa vontade da governadora em negociar, o que não acontece nas gestões de direita.

Por mais que o Sintern jogue duro, o aplauso bolsonarista nunca veio nem virá. O que o bolsonarismo quer é a crise de Fátima com a sua principal base eleitoral.

Conseguiu!

E olhe que Fátima deu em seis anos deu 95% de reajuste salarial, estende os aumentos aos aposentados (isso não é comum nos outros estados) e sempre negocia.

Por outro lado, não há mesma dureza nem as manchetes quando o assunto é a Prefeitura de Natal, cujos professores são representados pelo mesmo Sintern. A gestão de Álvaro Dias (Republicanos) deixou uma defasagem de 60% segundo cálculos do próprio Sintern.

O piso vale desde janeiro para a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado. Mas só o Governo vai encarar uma greve.

O indicativo de greve será avaliado dia 19. Já com Natal aceitam passivamente a promessa de reajuste de 2025 sem perspectivas de receber os de 2020, 2022 e 2023 que estão em aberto.

O bolsonarismo colonizou o Sintern que precisa sempre mostrar que é independente em relação ao PT sendo duro com Fátima e paciente com os prefeitos de Natal do passado e do presente.

 

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Debate público em Natal está virando a chave

O debate público em Natal virou a chave. Há um latifúndio progressista ainda a ser explorado e a divisão 55 x 45 na eleição para prefeito da capital no ano passado e as vitórias de Lula e Fátima em 2022 provam isso.

Por mais que os principais programas de rádio apostem no bolsonarismo na escala 3 x 1 nos debates, o público abstrai o que ouve/assiste.

A prova disso é que foi só um grupo de comunicadores passar a atuar de forma mais agressiva que a opinião pública reagiu. O que por anos era objeto de um controle imperial, passou a ficar mais equilibrado.

Políticos e jornalistas bolsonaristas sentiram o impacto e acusaram o golpe. Há público para a informação progressista.

Daqui de Mossoró, onde o campo progressista é ainda mais significativo em termos proporcionais, sei bem disso. Natal está despertando da letargia.

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Engorda de Ponta Negra vira piada em disputa

No domingo um bando de bolsonaristas irrelevantes que se intitula “Força Democrática” fez uma manifestação celebrando a obra da engorda de Ponta Negra como sendo uma conquista do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Como essa gente não cansa de passar vergonha logo em seguida houve uma chuva que expôs o quanto a obra foi mal executada pela Prefeitura de Natal com o alagamento e as poças, um problema claro de drenagem.

Fora as pedras onde deveria ser areia e os relatos de que o banho de mar se tornou mais perigoso.

Coisas de obras feitas no improviso e sem fiscalização (neste caso por força de uma decisão judicial esquisitíssima).

Pior foi o deputado federal Fernando Mineiro (PT) engolir corda e correr para o ex-Twitter para rebater um grupelho de bolsonaristas irrelevantes.

Mineiro lembrou que a maior parte dos recursos da obra foram liberados pelo presidente Lula e que Bolsonaro só contribuiu com R$ 4,5 milhões em uma obra de R$ 100 milhões.

A piada que se tornou a obra está em disputa.

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Allyson repete ditadura militar com “oposição consentida” e empurra o PT para condição de “subversivo”

Quando a ditadura militar instituiu o bipartidarismo em 1966 estabeleceu-se ali uma dicotomia entre o partido do governo, a Arena, e a oposição consentida, o MDB.

Quem ficava no MDB fazia oposição com a “Espada de Dâmocles” sob o seu pescoço travestida em ameaças de cassação que se cumpria periodicamente.

Quem fazia oposição ao regime fora dos limites consentidos era considerado “subversivo”.

Com a popularidade nos píncaros da glória, o prefeito Allyson Bezerra (UB) conseguiu a proeza de ter uma oposição consentida em plena democracia.

Com o fracasso na tentativa de se postar como “bancada independente”, três vereadores que estão super interessados em ingressar na bancada do prefeito tiveram que se adaptar aos rigores do regimento interno para ocupar espaços nas comissões e passaram a se considerar “oposição”.

Trata-se de uma oposição consentida pelo prefeito, que abre as portas da gestão para atendimento de demandas e em troca recebe elogios públicos dos supostos adversários.

Daí não surpreende que o líder da oposição, que ocupou o espaço que seria da vereadora Marleide Cunha (PT), Doutor Cubano (PSDB), tenha dado entrevistas com elogios ao prefeito.

Numa entrevista ao Cenário Político da TCM, Cubano exaltou o prefeito como se fosse líder do governo. “Se o prefeito hoje tem mais de 70% das votações a favor dele, então precisamos melhorar muitas coisas, precisamos. Mas hoje o povo de Mossoró, que é quem fala mais alto, aprova todo o trabalho feito por Allyson Bezerra”, declarou. “Existem coisas que ainda a gente vai ter que melhorar, a gente vai conversar, dialogar e o doutor Cubano está aqui para isso. O povo de Mossoró foi quem falou e deu a resposta no dia 6 de outubro, com mais de 121 mil votos para Allyson”*, afirmou em outro trecho.

Os elogios não param por aí. Cubano também elogiou a manutenção de Edilson Junior a frente da Secretaria Municipal da Fazenda. “A decisão do prefeito Allyson Bezerra de manter o auditor fiscal Edilson Júnior como titular da Secretaria Municipal da Fazenda merece nosso reconhecimento e aplauso”, elogiou em post no Instagram.

Nem parece que a gestão de Allyson tem problemas como a perda de recursos na área da habitação denunciada esta semana pela vereadora Plúvia Oliveira (PT).

Outro que é adepto aos elogios ao prefeito é o vice-líder da oposição Cabo Deyvison (MDB) que fez questão de exaltar o diálogo com o secretário municipal de segurança Coronel Costa e com o secretário de serviços urbanos Miguel Rogério. Ele chegou ameaçar dar uns bofetes nos manifestantes do setor cultural para defender um projeto inconstitucional do prefeito nesta sexta-feira em sessão extraordinária da Câmara Municipal.

Os bolsonaristas Jailson Nogueira e Mazinho do Saci, ambos do PL, são mais discretos, mas não possuem qualquer registro em suas redes de atuação típica de vereadores de oposição.

Jailson, inclusive, votou contra a reforma administrativa junto com Plúvia e Marleide. No caso dele, há sinais de que está esperando os movimentos do senador Rogério Marinho (PL) para se posicionar em Mossoró.

O papel subversivo de fazer oposição de fato ao prefeito ficará com as petistas Plúvia e Marleide, que não terão qualquer poder institucional sobre a bancada por estarem em minoria em relação a oposição consentida.

A dupla acaba cumprindo o papel subversivo de apontar os problemas da gestão de Allyson.

*Aspas retiradas do Portal Agora RN.

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Allyson posa com camisa do Flamengo em semana em que clássico Potiba será em Natal por falta de estádio em Mossoró

Numa semana que deveria de exaltação ao futebol de Mossoró com a realização do clássico Potiba, o prefeito Allyson Bezerra (UB) preferiu exaltar a si mesmo e ao Flamengo, um dos 30 clubes mais ricos do mundo na atualidade.

“Meu povo, olha aí o recebido que acabou de chegar aqui da loja @futebol_sports2. 🤩⚫️🛑 Camisa do @flamengo 100% personalizada com meu nome e a maior votação da história de Mossoró. Massa demais! Muito obrigado aí pelo presente e podem ter certeza que vou guardar com muito carinho!”, escreveu nas redes sociais.

Falar do futebol de Mossoró atualmente pega mal para o prefeito responsável pelo fechamento do Nogueirão, prejudicando os clubes da cidade que estão jogando o Campeonato Estado na caríssima Arena das Dunas, em Natal, e no Edgarzão, em Assu.

Amanhã teremos um inusitado clássico Potiba em Natal porque Allyson municipalizou o Nogueirão à fórceps e durante três anos não apresentou uma solução ao estádio que seguiu caindo aos pedaços até sua interdição em fevereiro do ano passado.

Hoje o Potiguar se mudou para Natal e o Baraúnas para Assu. Allyson que tentou se promover através do futebol de Mossoró no começo do mandato e quando provocado no máximo promete uma arena multiuso sem nunca apresentar qualquer projeto.

A municipalização controversa do Nogueirão é objeto de questionamentos judiciais (saiba mais aqui).

Enquanto o Potiba será realizado há 280 quilômetros de distância, Allyson faz auto exaltação com a camisa do Flamengo, que só jogou em Mossoró uma única vez há 40 anos, e ignora o clássico.

Oportunidades para Allyson reformar o Nogueirão não faltaram. O deputado Federal General Girão (PL) destinou emenda de R$ 500 mil e o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) garantiu mais outros R$ 500 mil. O prefeito nunca viabilizou a aplicação dos recursos.

O apelido “Coveiro do Futebol de Mossoró” realmente lhe cai muito bem.

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Eleição de Babá é péssima notícia para três deputados federais

A eleição de Babá Pereira (PL) como presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) é péssima notícia para pelo menos três deputados federais.

O plano é utilizar a entidade como trampolim para ser o homem do senador Rogério Marinho (PL) na Câmara dos Deputados.

Babá tenta repetir o hoje deputado federal Benes Leocádio (UB), que após encerrar o mandato de prefeito de Lajes, voltou a ser presidente da Femurn. Assim ele pavimentou o caminho para ser eleito o federal mais votado em 2018. Babá quer fazer o mesmo em 2026.

Benes é um dos prejudicados com a eleição de Babá.

Os outros são João Maia (PP) e Robinson Faria (PL), que tem nos prefeitos os alicerces dos seus mandatos.

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O deputado mais ridículo do RN na posse de Trump

Vinte e um parlamentares bolsonaristas foram aos Estados Unidos assistir a posse do presidente estadunidense Donald Trump. Entre eles o potiguar Sargento Gonçalves (PL).

O único aqui do Estado a integrar a comitiva de patetas.

A agenda não tem nada de produtiva para o país. É só ridiculisse para engajar nas redes sociais.

Gonçalves conseguiu superar o também deputado federal General Girão (PL) como o político mais ridículo do Rio Grande do Norte.

Agora está nos EUA sendo papagaio subserviente de um país que está nem aí para os interesses do Brasil.

Patético!

Nota do Blog: o negócio só não é pior porque a viagem foi bancada com recursos próprios.

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Passado desmente discurso de Styvenson em defesa do candidato de Rogério Marinho a presidente da Femurn

No controverso vídeo em que faz ameaças aos prefeitos que não votam no candidato a presidente da Femurn Babá Pereira (PL), o senador Styvenson Valentim (PODE) disse querer uma entidade “independente”.

Mas Babá, presidente da entidade no biênio 2021/22, foi tudo menos independente. Ligado ao senador Rogério Marinho (PL), o ex-prefeito de São Tomé foi extremamente omisso e alinhado ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

Enquanto a Petrobras era desmontada no Rio Grande do Norte com a venda de ativos à preço de banana, Babá tirava fotos sorridentes ao lado de Marinho e Bolsonaro mesmo sabendo que isso causaria prejuízos aos municípios que recebem royalties, o que de fato se confirmou.

Outro momento crucial em que Babá se mostrou submisso ao governo de ocasião foi quando Bolsonaro mexeu, ao arrepio do pacto federativo, na alíquota do ICMS dos combustíveis que gerou um prejuízo de R$ 250 milhões aos municípios potiguares.

Babá também foi omisso na movimentação para recompor essas perdas por meio do reajuste da alíquota modal do ICMS.

Não há passado que sustente a fala de Styvenson em relação ao candidato de Rogério Marinho. Babá foi dependente do governo Bolsonaro, omisso e subserviente ao poder de ocasião.

 

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Direita “moderada” do RN se cala sobre tentativa de golpe

Quem acessa as redes sociais dos deputados federais Robinson Faria (PL), João Maia (PP), Benes Leocádio (UB) e Paulinho Freire (UB), este último prefeito eleito de Natal, nem imagina que há duas semanas o Brasil assistiu atônito a revelação de uma trama golpista que previa o assassinato do presidente Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Tidos como membros da direita moderada, os quatro não fizeram qualquer manifestação pública a respeito de um assunto gravíssimo que envolve a sobrevivência da nossa democracia.

Robinson, coordenador da bancada federal, é pai de Fábio Faria, ex-deputado federal que foi ministro das comunicações no Governo de Jair Bolsonaro (PL).

Talvez isso explique o silêncio.

Paulinho Freire foi eleito prefeito em Natal com amplo apoio do bolsonarismo local. Isso com certeza explica o desapreço com a democracia.

Benes foi da base de Bolsonaro, é da base de Lula e está mais preocupado com outros assuntos como dar voto favorável a PEC dos estupradores na Comissão de Constituição Justiça da Câmara dos Deputados.

João Maia foi aliado do PT nos Governos Lula e Dilma Rousseff, estava na base de Bolsonaro e hoje é novamente parceiro de Lula.

Seja o que acontecer no país, ele, pelo visto estará do lado vencedor.

Curiosamente a única voz da direita na bancada federal, que nem é rotulado de moderado, que se manifestou contra o golpe foi o senador Styvenson Valentim (Pode) que timidamente defendeu punição para os militares que tentaram abolir o Estado Democrático de Direito.

Que direita moderada é essa que temos no RN?

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Oposição ao Governo Fátima tenta atrapalhar solução para os problemas que ela mesma criou

Esta semana a Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS) que saltará de 22 para 23% em 2025.

É a solução que resta após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguir aprovar uma lei inconstitucional fixou a alíquota do ICMS dos combustíveis, quebrando o pacto federativo nas vésperas das eleições de 2022.

Até hoje o Supremo Tribunal Federal (STF) não enfrentou o problema que abalou as contas dos governos estaduais.

Aqui no Rio Grande do Norte, a oposição impôs a governadora Fátima Bezerra (PT) a redução de 20 para 18% na alíquota modal do ICMS, gerando um rombo nas contas públicas na casa dos R$ 700 milhões.

A pancada causou piora nos serviços públicos.

Enquanto a governadora encara o desgaste, os deputados de oposição que causaram o problema surfam com discursos inflamados na Assembleia Legislativa como se nada tivessem com isso.

Eles ainda têm a pachorra de cobrar o pagamento de emendas como se eles mesmos não tivessem dificultado que elas fossem pagas.

Agora o governo tenta retomar a alíquota de 20%, mas terá que gastar muita saliva para convencer os deputados e lidar com os desgastes na mídia bolsonarista.

A oposição tentará criar dificuldades para resolver o problema que ela mesma criou ao prometer resistir ao reajuste da alíquota.

Plus: os deputados que hoje gritam contra o aumento do ICMS aprovaram o tarifaço de Robinson Faria em 2015.