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Allyson está construindo candidatura ao Governo por uma terceira via. Só Wilma, em 2002, conseguiu vencer com essa estratégia no RN

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB) lidera todas as pesquisas confiáveis para o Governo do Estado desde o final do ano passado. A margem de liderança é considerável, o que lhe dá condições para construir-se como uma terceira via.

E é assim que Allyson está pavimentando o caminho para a Governadoria, em Natal.

A oposição à governadora Fátima Bezerra (PT) é liderada pelo senador Rogério Marinho (PL). Ele controla a maior parte da bancada oposicionista na Assembleia Legislativa e dita os rumos da mídia bolsonarista no Estado.

Allyson não se alinha a liderança de Rogério, inclusive os dois estão politicamente rompidos há um ano.

O prefeito também é adversário de Fátima de quem não poupa ataques e usa como bode expiatório quando se vê acuado em alguma crise.

Allyson trabalha com aliança com a senadora Zenaide Maia (PSD), uma aliada de longa data do PT, e ouve conselhos do histórico antipetista José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil.

Wilma

A única vez que uma candidatura de terceira via foi vitoriosa para o Governo do RN desde a redemocratização foi a de Wilma de Faria (PSB) em 2002. Naquele ano ela deixou a Prefeitura de Natal num cenário em que a candidatura de oposição era a do então senador Fernando Bezerra (PTB – atual PRD) e o da situação era do governador Fernando Freire (PPB – atual PP), que assumiu o cargo após a renúncia de Garibaldi Alves Filho (PMDB) para disputar o Senado.

Wilma começou a disputa em terceiro lugar e foi crescendo a ponto de ir para o segundo turno na liderança. Na segunda etapa venceu Fernando Freire com folga (61,05% x 38,95%).

Foi a única vez desde a redemocratização que uma governadora foi eleita pela terceira via no RN.

 

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Alegação de “cronograma” para justificar interdição de pontes da duplicação abala credibilidade das obras de Allyson

O Portal Mossoró Hoje informou que ocorrerá uma nova interdição da ponte 2 a Avenida Presidente Dutra. A suspensão do tráfego naquela área começa no próximo domingo, 23, e vai até o dia 20 de abril.

Segundo a reportagem, a paralisação “está dentro do cronograma”. Engraçado nisso tudo é que o prefeito Allyson Bezerra (UB) fez a maior folia no dia 24 de janeiro ao inaugurar a primeira ponte.

Pouco mais de um mês depois foi necessário interditar o trecho para fazer reparos, que estavam “dentro do cronograma”.

Não faz duas semanas que as duas pontes estavam interditadas para serviços que estavam “dentro do cronograma”.

Agora uma nova interdição em uma delas sob a justificativa de que “estava dentro do cronograma”.

Engraçado que ninguém divulgou a previsão destas interdições antes da obra.

A credibilidade das obras da gestão de Allyson Bezerra está indo pelo ralo.

 

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Allyson é a Virginia Fonseca da política potiguar

Confesso que até ano passado não fazia a menor ideia de quem é Virgínia Fonseca. Agora sei que ela é uma influenciadora digital, profissão que ainda não entendi muito bem o que significa, e tem um programa no SBT.

A mulher ganha a vida expondo a vida privada em trocentos stories no Instagram que não dizem nada com coisa alguma.

Mas a vida de ostentação é recheada de polêmicas como envolvimento com bets, jogo do tigrinho e outros moídos.

Mas nas redes dela nada disso aparece. O seu espaço é só para mostrar a vida de bilionária, as filhas lindas e o marido herdeiro do cantor Leonardo, além de alguns asseclas que lhe cercam.

Nada de polêmica nem de satisfação ao público de mais de 50 milhões de seguidores.

Essa é a estratégia do prefeito Allyson Bezerra (UB), a Virgínia Fonseca dos políticos potiguares. Se os professores entram em greve vamos gravar vídeo dizendo que Mossoró vai virar o Vale do Silício do RN. Se o povo reclama de obras malfeitas, vamos requentar o fim das operações da Azul Linhas Aéreas e jogar a culpa na governadora Fátima Bezerra (PT).

Allyson é um político dos estranhos tempos atuais em que fingir que está tudo bem sem dar satisfações ao povo funciona muito mais do que ter uma postura institucional. Virgínia é uma celebridade dos tempos atuais que não dá satisfação ao público mesmo quando se descobre que ela lucrou milhões quando seus seguidores perdiam nas apostas das bets.

O prefeito de Mossoró e a influenciadora são bem parecidos. A diferença é que ela não mexe com dinheiro público.

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Com maquiagem da gestão borrada, Allyson requenta saída da Azul para desviar foco de críticas para Fátima

Já faz uma semana que a Azul Linhas Aéreas suspendeu os voos no Aeroporto Dix-sept Rosado, em Mossoró. Já foi esclarecido que a decisão foi motivada por questões operacionais da empresa e que se trata de uma situação temporária. Além dessa mesma decisão ter sido tomada em outros estados.

Mas o prefeito Allyson Bezerra (UB), uma ilha cercada por crises, decidiu requentar a história para desviar o foco. Ele gravou um vídeo nas redes sociais cobrando a governadora Fátima Bezerra (UB) pela suspensão dos voos.

Allyson é esperto. Sabe que a governadora goza de baixa popularidade e é um bom espantalho para que não se fale das falhas na duplicação das pontes da Avenida Presidente Dutra, a principal de Mossoró, poucos dias após a inauguração. Foi necessária uma interdição que tem gerado transtornos.

Há também o caso do novo Centro Comercial que teve o piso retirado para fazer obra de drenagem poucos meses após ter sido inaugurado.

Some-se a isso temos o início da greve dos professores da rede municipal de ensino por falta de diálogo para o reajuste do piso da categoria num contexto em que a governadora contribuiu para uma vitória dos docentes da rede estadual no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem contar as denúncias de que as fardas dos estudantes do município não foram entregues.

Ainda temos as revelações de casos de mau uso do orçamento da saúde como a contratação de médicos terceirizados por R$ 19 mil enquanto os concursados recebem R$ 2.100 e a terceirização dos exames do PAM do Bom Jardim mesmo contanto com 15 bioquímicos.

Tem muita coisa pegando mal na gestão de Allyson e como ele não gosta de prestar esclarecimentos, o jeito é desviar o foco.

A maquiagem da gestão está borrada!

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Quem ganha com a greve dos professores do Estado?

A greve dos professores da rede estadual de ensino ocorre antes do esgotamento das instâncias de negociação. Já houve proposta do Governo do Estado para a aplicação do piso que foi recusada pelos professores.

A luta pelo reajuste do piso é justa. Apoio que o pagamento seja feito com efeito para todos os níveis da categoria.

A proposta do Governo faria os professores acumularem 90% de aumento em seis anos de governo Fátima Bezerra (PT). Ainda assim, a greve foi aprovada e deve ganhar novos contornos com os protestos marcados para esta semana.

Enquanto isso, o mesmo Sinte/RN, que também representa os professores da rede municipal de Natal, aguarda com toda paciência do mundo uma proposta mesmo em um cenário de defasagem salarial de 60%.

Só no dia 25 de março haverá assembleia da categoria, que sequer conta com uma mesma de negociação permanente com a Prefeitura de Natal.

Sabe quem ganha com isso? Álvaro Dias (Republicanos), ex-prefeito responsável pela defasagem de 60% dos salários dos professores. Ele é pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte e acusa a governadora de afundar o Estado.

Sabe quem também ganha com isso? O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB), que até agora não apresentou proposta aos professores sobre o piso de 2025 e não pagou o de 2023.

Sabe o que ele alega? Que ninguém na rede municipal de Mossoró recebe abaixo do piso então não precisa reajustar. Ele também sonha ser governador do RN.

Outro que ganha com isso é o senador Rogério Marinho (PL), que é contra aumentar até o salário-mínimo, imagina o piso dos professores. Ele está doido para ser governador.

No meio disso, o MP tenta anular os reajustes dos professores dados no RN desde 2012 e já conseguiu suspender o retroativo de 2023 na Justiça. Sabe quem é contra essa posição do parquet? O Governo Fátima, inclusive apresentando recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A greve expõe uma contradição do Sinte/RN, divide a esquerda e favorece os verdadeiros algozes dos professores.

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Este ano ninguém vai chamar de “passeio” viagem de políticos do RN a Lisboa

Nos anos de 2023 e 2024 a governadora Fátima Bezerra (PT) representou o Rio Grande do Norte na Feira do Turismo de Lisboa (BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa).

Em todas as ocasiões a viagem em missão oficial foi tratada pela mídia bolsonarista como “passeio pago com dinheiro público”.

Pouco importa se esse trabalho já tem resultados como a implantação de voos diários entre Natal e Lisboa pela TAP Air Portugal desde outubro de 2023.

O engraçado é que todo os anos este mesmo evento conta com a presença de deputados estaduais do RN, que nunca são acusados de estarem passeando com dinheiro público.

Este ano a governadora não foi a Portugal por causa da agenda do ministro da educação Camilo Santana hoje em Natal. No lugar dela foi o vice-governador Walter Alves (MDB).

Além dele, vão a Lisboa os deputados Tomba Farias (PL), Luiz Eduardo (SDD), Taveira Júnior (União), Galeno Torquato (PSDB), Adjuto Dias (MDB), Gustavo Carvalho (PL) e Hermano Morais (PV). Com exceção de Hermano, todos são bolsonaristas.

Este ano ninguém vai ser acusado pela mídia bolsonarista de estar passeando na Europa com sua grana.

A crítica dos coleguinhas é pura hipocrisia e preconceito de classe!

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Futuro do PT no RN passa pela popularidade de Fátima

São muitas as tarefas para o PT do Rio Grande do Norte eleger Fátima Bezerra senadora e Cadu Xavier governador em 2026.

A principal delas é recuperar a popularidade da governadora Fátima Bezerra.

É visível que o Governo melhorou. As estradas estão sendo recuperadas e os corredores do Hospital Walfredo Gurgel estão vazios. Sem contar que os salários seguem em dia e a criminalidade segue em queda mês a mês.

Mas nada disso ainda refletiu na imagem de Fátima.

Sem popularidade não adianta tornar Cadu Xavier mais conhecido e Fátima se articular bem nos bastidores.

O objetivo final tem que ser tornar Fátima mais popular.

Sem isso é a volta da direita. Hoje, 8 de março de 2025, a eleição é de viés de mudança no Rio Grande do Norte.

 

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Por que choras, Rogério Marinho?

Era o último final de semana do veraneio do histórico ano de 2022 e o derradeiro do recesso judiciário daquele ano. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli passou o final de semana no badalado condomínio Porto Brasil, na praia de Pirangi, ao lado do então ministro das comunicações Fábio Faria.

Sabe-se nos bastidores da política que naquele convescote foi acertado o caminho jurídico que livraria o então ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho, que viria a ser candidato ao Senado pelo PL.

Em maio daquele ano, Rogério escapou da inelegibilidade por causa da condenação por manter funcionários fantasmas quando presidiu a Câmara Municipal de Natal nos anos 2000.

Decisão monocrática do ministro Dias Toffoli.

Depois daquele final de semana, Rogério se fortaleceu e foi ungido candidato ao Senado pelo bolsonarismo, usou e abusou da máquina pública para atingir o objetivo numa campanha riquíssima.

Hoje, Rogério, como bem lembrou o cientista político Daniel Menezes, esculacha o STF para defender os golpistas liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até do Oscar de melhor filme internacional ganho pelo filme “Ainda Estou Aqui” o bolsonarista reclamou.

Rogério não tem do que reclamar do STF que lhe garantiu a elegibilidade mesmo diante de fartas provas.

Ainda assim o senador potiguar cospe no prato que comeu e se lambuzou de impunidade.

Por que choras, Rogério Marinho?

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Bolsonarismo coloniza a mente dos dirigentes do Sintern

Quando a então senadora Fátima Bezerra (PT) venceu a eleição para o Governo do Estado em 2018 iniciou-se a gritaria do bolsonarismo potiguar em torno da relação da petista com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sintern).

Fátima foi presidente da entidade, liderou greves e como parlamentar foi defensora do Fundeb e do piso nacional dos professores.

Por essa história, muito se esperava dela em relação a categoria, que deixou o bolsonarismo assanhado e com o dedo pronto para apontar contra a governadora eleita. Em outra frente, o Sintern, pelo histórico de ligação com o PT, já começou a ser acusado de fazer corpo mole em relação as pautas.

O bolsonarismo jogou a isca, o Sintern mordeu e se lambuzou a ponto de se deixar colonizar pelo bolsonarismo.

A partir de então, o Sintern passou a jogar duro com Fátima na pressão por conquistas que viriam naturalmente dada a boa vontade da governadora em negociar, o que não acontece nas gestões de direita.

Por mais que o Sintern jogue duro, o aplauso bolsonarista nunca veio nem virá. O que o bolsonarismo quer é a crise de Fátima com a sua principal base eleitoral.

Conseguiu!

E olhe que Fátima deu em seis anos deu 95% de reajuste salarial, estende os aumentos aos aposentados (isso não é comum nos outros estados) e sempre negocia.

Por outro lado, não há mesma dureza nem as manchetes quando o assunto é a Prefeitura de Natal, cujos professores são representados pelo mesmo Sintern. A gestão de Álvaro Dias (Republicanos) deixou uma defasagem de 60% segundo cálculos do próprio Sintern.

O piso vale desde janeiro para a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado. Mas só o Governo vai encarar uma greve.

O indicativo de greve será avaliado dia 19. Já com Natal aceitam passivamente a promessa de reajuste de 2025 sem perspectivas de receber os de 2020, 2022 e 2023 que estão em aberto.

O bolsonarismo colonizou o Sintern que precisa sempre mostrar que é independente em relação ao PT sendo duro com Fátima e paciente com os prefeitos de Natal do passado e do presente.

 

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Debate público em Natal está virando a chave

O debate público em Natal virou a chave. Há um latifúndio progressista ainda a ser explorado e a divisão 55 x 45 na eleição para prefeito da capital no ano passado e as vitórias de Lula e Fátima em 2022 provam isso.

Por mais que os principais programas de rádio apostem no bolsonarismo na escala 3 x 1 nos debates, o público abstrai o que ouve/assiste.

A prova disso é que foi só um grupo de comunicadores passar a atuar de forma mais agressiva que a opinião pública reagiu. O que por anos era objeto de um controle imperial, passou a ficar mais equilibrado.

Políticos e jornalistas bolsonaristas sentiram o impacto e acusaram o golpe. Há público para a informação progressista.

Daqui de Mossoró, onde o campo progressista é ainda mais significativo em termos proporcionais, sei bem disso. Natal está despertando da letargia.