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Amigos…


Por Jorge Mota*

No tempo da vida
Surgiram muitos
No decorrer vivido
Ficaram alguns

No passar do tempo
Foram esvaindo
Como uma rajada de vento
Os amigos, aos poucos
Sumindo…

O tempo escorrendo
Da aurora juventude
A chegada da maturidade
Um distanciamento  na amizade

Para onde foram?
Onde estão?
Sumiram!
Como uma chuva de verão

Cadê?
Os amigos?
Os verdadeiros amigos?
Sobraram, poucos
A se contar, nos dedos

Raro…
Uma raríssima, raridade
Ainda ter um “amigo” do ontem
Na vivência do hoje
Que se possa contar
Para o amanhã
Ah! Amigos….

*É Funcionário Público Estadual da II Ursap em Mossoró.

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Ao Nos Pedi Um Tempo

Tempo: percebido de formas diferentes por cada pessoa

Por Thiago Fernando de Queiroz

 

Ao nos pedi um tempo,

O tempo permite que o tempo

Leve um tempo para compreender o tempo perdido.

Um tempo tão querido,

Que passados os tempos e as horas

Leva consigo os tempos de outrora,

Esse tempo no inconsciente fica guardado eternamente.

Assim, tempo pode ser bom;

Mas, ao mesmo tempo

O tempo pode ser ruim.

O tempo pode ser amigo ou inimigo,

Quem escolhe esse tempo, somo nós,

Por isso, o tempo não para no tempo.

Então, aprenda com o tempo

Que o tempo não volta

E, as vezes o tempo não é uma escola.

Viva portanto o tempo vivido,

Mas, saiba que o tempo que pedis

Permite que o tempo de uma outra pessoa

Faça que esse tempo se torne um tempo bom.

Por fim, aprenda então,

O tempo não tem asas,

Mas, o tempo voa.

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Em busca da inclusão

EC 29 DE TAGUATINGA: Semana Distrital de Conscientização e ...

Por Thiago Fernando de Queiroz*

 

Antes de Cristo, seriamos lançados de um penhasco,

Nos dias de Cristo, seriamos jogados aos leões,

E, depois de Cristo, passaríamos por muitas coisas,

Até mesmo, sermos vistos como coisas.

O fato de não termos uma perna,

Ou, não termos um braço ou expressar emoção,

Faltar a visão e a audição,

Não nos impede de sermos gente.

Como posso então ser visto como indigente?

Se minha mente não sente ou o meu corpo não reage,

Tão rápido como a dos demais rapazes

Que às vezes gostam até de nos zombar.

Em alguns casos somos até tão inteligentes

Que acham que não quero me inteirar,

Mas, de modo algum não me compreendem

Que tenho outras maneiras de me expressar.

Foi preciso no entanto tempo para ensinar

Que capacidade em nós de fato há

Só precisamos ao menos

De acessibilidade para voar.

Assim, conforme vimos durante anos com glórias,

Leis, decretos, portarias, medidas provisórias,

Foram escritas perante a história,

Todavia, todas essas letras não apagam as dores das memórias..

Alguns gritam e até gritam bem alto:

Não enxerga? Não ouve? Não anda?

Não sente? Não pensa? Não ama?

Que coisa! Nos jogaram nas prisões de uma cama.

Mas, as marcas das palavras e dos açoites sociais estão estampados

Estão com exatidão fincados em nossas histórias reais

Em palavras até nem precisamos mais

Dizer o que ficou para trás.

Com tudo isso estamos em busca da inclusão

Buscamos igualdade, oportunidades e compaixão

Buscamos os apoios de nossos irmãos

Vamos procurar de fato fazer inclusão!

 

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Caminhávamos

Por  Jorge Mota*

Caminhávamos pelo dia ou pela noite
Pela cidade quase deserta
Tendo o vento como açoite
E umas passadas incertas

Caminhávamos sem rota e sem direção
Qualquer lugar era qualquer lugar
Pois éramos andarilhos da solidão
Sem um porto para atracar

E caminhávamos cheios de sofrimentos
Na via cruxis da agonia
Embotando os pensamentos
Na sarjeta da misantropia

E caminhávamos em círculos
E também em linha reta
Mal escutávamos os gritos
Em virtude dos nossos passos e das alucinações incertas

Caminhávamos por lugares enfadonhos
Que mais parecia uma guerra, uma trincheira
O cenário era feio e tristonho
De um lugar cercado pelo caos da miséria pioneira

É caminhávamos e  caminhávamos
Com fome; as vezes calor, as vezes frio,
Quase esqueletos humanos, estávamos
Em um mundo podre, fétido e doentio.

*É Funcionário Público Estadual

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Por qualquer motivo

Por Jorge Mota*

Por qualquer motivo
Uma briga
Por qualquer discussão
Uma ferida
Por qualquer tolice falada
Uma intriga

Por qualquer olhar de soslaio
Um questionamento
Por qualquer sorriso aleatório
Um tormento

Por qualquer querer do não querer
Uma interrogação de adultério
Por qualquer noite não amada
Quase um rompimento sério

Por qualquer palavra não compreendida
Um martírio na vida persistente
Por qualquer música executada
Um sentimento diferente

Por qualquer deslize
Um juramento de vingança
Por qualquer destempero
Uma birra de criança

Por qualquer sonho, não revelado
Um alarido estorvante
Por qualquer beijo não dado
Um ciúme asfixiante

Por   uma ternura
Um olhar desconfiado
Como uma censura
De achar que esta sendo enganado
Rejeitando qualquer tipo de afago
Por…

*É funcionário Público Estadual.

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O Caos

Por Jorge Mota

Em um instante, não mais que um instante
Ele chegou, e chegou,
Ninguém o viu, mas chegou
O Caos aqui fincou
O Caos…

O Caos, estabelecido na cidade
Pela manhã pela tarde, pela noite
Não livra nenhuma idade
É o Caos atormentando a sociedade
O Caos…

O Caos com suas mazelas
Na agonia da população
Deixa inúmeras sequelas
Na vida dos que ainda vivos, estão
O Caos…

O Caos faz um estardalhaço
Mas, Chegou sem avisar
E deixou todos com cara de palhaço
Sem ter o que sorrir
E muito para se chorar
O Caos…

O Caos,
Aqui permeia
Aqui esculacha
Aqui saracoteia
Aqui zomba
Da nossa incrédula, pasmaceira
O Caos…
É no mundo, e aqui no Brasil, Que Caos!

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…De Repente

O tempo na narrativa – Passado e Futuro – Curso Contador de ...

 Por Jorge Mota*

E de repente me vi olhando para trás
O que eu fiz da vida?
O que a vida me fez?
E de repente

Vi o mundo que eu construí
Vi o que eu deixei de fazer
As escolhas que fiz
Que se eu tivesse acertado,
Poderia ter sido feliz

O passado me atordoa
O presente me faz seu prisioneiro
De uma vida que segue à toa
Nesse mundo traiçoeiro

Que melancolia é essa de vida?
A vida que eu não soube trilhar
Um Ser sem Ser, na existência vivida
Não sentindo as horas e nem o tempo passar

Que mundo este, frio e cinzento?
Um mundo que eu não amei
Um tempo que eu não sorrir
Um sorriso que eu não dei

A vida que eu não vivi
E que dela não consigo sair
Continuo vivo aqui
Sem saber para onde ir

E na vida não observei
A flor a brotar
O sol a nascer
A lua a iluminar

Nem o amor me amou
Não sei o que é o amar
Sozinho eu estou
Sem uma paixão,
Para meus sonhos acalentar

E de repente, me vi a chorar
Chorando pelo que eu não conquistei
Pela vida a exortar
Os muitos passos errados que eu dei
E… de repente…

*É Funcionário Público Estadual.

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E SE FOSSE VERDADE?!

Uso do Ponto de Interrogação ??? - Grupo Escolar

E se fosse verdade?!
Que houvesse uma sociedade
Que se preocupasse com a qualidade
Do bem-estar do povo de nossa cidade.

Não haveria tantas mazelas e nem maldades
Haveria sim, uma coletividade
Um povo que lutaria com força pela igualdade
Porém, isso ainda é uma utopia e uma não realidade.

Vivenciamos um momento difícil
Um vírus chegou e como nunca foi dito
Fiquem em suas casas, isso é preciso
Aumentem a higiene, isto é um aviso.

Sabemos que não é fácil seguir as recomendações
Mas, prestem atenção o que ocorre com as nações
Todos preocupados e desesperados com razões.
Precisamos que você seja também uma de nossas inspirações.

Então, vamos acreditar!
Que tudo isso vai passar!
Nossa economia vai melhorar!
Porém, precisamos ser sábios e saber como lutar!

Por isso, pensem antes de votar
Um clique de um voto seu
Pode permitir que um louco breu
Diga que tudo isso é uma “gripezinha”.

Vamos então fazer nossa parte
Cuidar da nossa família e ter responsabilidade
Desta forma, cuidaremos de nossa cidade,
Que todos queiram melhorar o mundo de verdade.

Ah! se isso fosse verdade…

Autor: Thiago Fernando de Queiroz

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É Um Presidente?

Bolsonaro na posse (Foto: Sérgio Moraes)

Por Jorge Mota*

Oh, meu Brasil,
A que preço vai se pagar
Ter elegido um Presidente de intelecto senil
Que vai ao fundo do ostracismo nos levar

Choro pelo meu Brasil, achincalhado
Por um Presidente, mentiroso, racista e servil
Exalando mentiras por todos os lados
Ridicularizando-nos, mundo afora
Com sua fala venenosa e vil

Um Presidente
Machista e metido a valentão
Sórdido, que diz algo hoje
E amanhã diz que não falou não

Um Presidente,
Que não sabe o que é ser Presidente
E que resolver tudo na bala
Arrogante e prepotente
Que não passa de um fantoche indecente

Tem pavor das manifestações
Alcunhando todos de comunistas
Que desaprovam um governo, sem soluções
Arrotando-se um ultra-direitista
Que veio salvar à nação
Só mostrando até agora, lorota e enganação

Triste sina,
De ver o Brasil, ser vilipendiado
Por um Presidente atabalhoado
Visionário e desequilibrado
Que massacra o trabalhador
O Índio e o pequeno agricultor

Um Presidente, que,
Mudo, talvez chegasse a pseudo estadista
Falando é só besteira
Em um circo, talvez…
Houvesse alguma magérrima plateia
Para ouvir tanta asneira
Oh, meu Brasil…

*É um webleitor e Funcionário Público Estadual.