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Um tabu de 36 anos em disputas pela Câmara Municipal que pode cair esse ano

gilson_93Gilson Cardoso é um radialista de 43 anos. Se aventurou na política pela primeira vez em 2008 obtendo 1.520 sufrágios. O desempenho lhe deixou na terceira suplência. Quatro anos depois numa disputa com um número bem maior de candidatos ele diminuiu a votação ficando 1.394 sufrágios e mais uma vez amargando a terceira suplência.

No ano passado ele trocou o PSB pelo PRB que formou uma nominata própria com potencial para eleger dois vereadores. Dos membros da agremiação, Gilson foi quem obteve mais votos em 2012. O que o torna um dos favoritos à Câmara Municipal.

Caso as perspectivas se confirmem, Gilson quebraria um tabu de 36 anos levando um rádio local a uma cadeira na Câmara Municipal. Coincidência ou não, foi naquele distante 1982 que o rádio viveu o auge da sua força política. Só naquele pleito saíram vitoriosos Regy Campelo (que também era músico), Evaristo Nogueira e Edmilson Lucena. Os dois últimos chegaram a presidir a casa naquela longa legislatura de seis anos. Naquele ano que só não teve eleição para presidente da república, Jota Belmont, outro radialista famoso, se elegeu deputado estadual.

De lá para cá até teve radialista se elegendo. Foi o caso de Lupércio Luiz, em 1988, mas ele chegou à Câmara apoiado pelo tio, Expedito Bolão que se aposentara, e era mais conhecido pelo trabalho como bancário. Sua fama no meio radiofônico veio posteriormente a atividade política.

De lá para cá grandes nomes do rádio tentaram sem sucesso chegara ao Palácio Rodolfo Fernandes. Nomes como Sérgio Oliveira, Jota Nobre, Jota Belmont (que tentou ser vereador algumas vezes após não se reeleger deputado em 1986), Kleber Barros, Nazareno Martins, Jota Régis, dentre outros.

Apesar de ser visto como um dos favoritos para quebrar o tabu, Gilson prefere a humildade. “Não me sinto favorito. Tenho muito o que trabalhar para chegar a Câmara e dar ainda mais ressonância a minha voz em defesa dos mais necessitados”, declarou.

Não me sinto favorito. Tenho muito o que trabalhar para chegar a Câmara e dar ainda mais ressonância a minha voz em defesa dos mais necessitados

Mas Gilson não está só na luta para quebrar esse tabu. Outro radialista muito conhecido, Carlos Nascimento (DEM), mostra otimismo em ser eleito numa das coligações mais equilibradas nas eleições 2016: “É um grande desafio mas que vejo com grande alegria. E como representante do povo no rádio, há 30 anos desempenhando esse papel de forma incessante voltando-se para os humildes, mais carentes, percebo que é chegada a hora, pois o povo está cansado de não se ver representado por pessoas que pensam como ele, trabalham como ele e tem esperanças como ele. O povo quer uma representação que sinta, pense e viva como ele. E essa representação não pode aparecer como algo milagroso, repentino, que surge do nada, mas de alguém que já fala sua língua e que já o escuta”, disse.carlos_nascimento

Para ele, o contato direto com o povo facilita o trabalho de um radialista popular que se torna vereador. “Eu, como radialista, escuto e falo com o povo todos os dias no programa A VOZ DO POVO, lutando por questões de sobrevivência e estabelecimento de respeito à sua honra, e de exaltação de valores como honestidade e decência há muito tempo esquecidos e pouco exercidos. É um desafio representar o povo mas um sonho que está comigo e não é de hoje, e como já dizia o velho escritor: sonho que se sonha só é só um sonho, mas sonho que se sonha com outros é realidade”, declarou.

Da 98 FM, dois nomes foram lançados: o experiente epórter Reinaldo Silva (PSDC) e Ugmar Nogueira.

reinaldo-silvaReinaldo tem longa história no rádio e entende que o profissional da comunicação na Câmara Municipal seria um reconhecimento ao trabalho de quem divulga os problemas da sociedade. “Depois de 36 anos que a classe do radialista não consegue emplacar um radialista como comunicador espero que seja uma oportunidade para os companheiros valorosos que defendem o povo nas redações. Nós que trabalhamos com rádio somos os verdadeiros porta-vozes da população. Quando acontece os problemas nos bairros nós somos os primeiros a serem procurados. Nada mais justo que um de nós sejamos eleitos. Torço que um nome da nossa classe seja eleito e espero que seja eu, Reinaldo Silva, para que eu possa fazer um mandato inclusivo e participativo”, acrescentou.

Aliando o rádio à projetos sociais, Ugmar Nogueira (PT) tenta quebrar o tabu sendo o primeiro radialista de emissora comunitária a chegar ao legislativo. “O rádio é um veículo de comunicação de massa, encontrando nas camadas sociais menos favorecidas sua audiência. Porém nos últimos anos não tivemos candidaturas que se aproximassem do povo, estando quase sempre comprometidos com grupos políticos tradicionais onde estes candidatos também não têm muito espaço para inserção política. Nessas eleições temos candidatos ligados diretamente à comunicação radiofônica com perfil mais popular e que têm uma identificação direta com as comunidades”, analisou.ugmar

Ele se coloca como um defensor da democratização da mídia. “Pretendemos romper essa escrita dialogando com o público ouvinte, expondo o bom trabalho que a rádio comunitária desenvolveu ao longo dos dez últimos anos, promovendo ações de lazer, esporte, educação e cultura, inserindo as pessoas no fazer do rádio, promovendo maior acesso da população aos meios de comunicação, por ser a rádio comunitária é uma das mais importantes ferramentas de democratização da mídia, valorizando o desenvolvimento social e o crescimento das comunidades”, concluiu.

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Câmara pode ter renovação histórica em 2016

 

O ano é 1988. Dos 21 vereadores apenas sete se reelegeram. Como em 2016, naquele pleito houve um aumento substancial no número de candidatos baixando a média de votação dos eleitos. Esse ano poderemos ter uma renovação de 10 a 14 cadeiras. O Blog do Barreto explica através de um cruzamento de dados e perspectivas de votação.

A realidade é muito parecida com 2016. Muitos candidatos a mais em relação a 2012, num crescimento 49% no número de postulações a uma vaga no Palácio Rodolfo Fernandes.

Mas um fator será primordial para que a renovação seja enorme: o número de chapas. São nada mais nada menos que 16. Sendo que 12 delas tem potencial para eleger pelo menos um parlamentar.

Outras quatro não tem grandes chances de eleger um parlamentar. PSOL/PSDC dificilmente atingirá o quociente eleitoral. O PSTU com apenas três candidatos precisaria de um fenômeno como Amanda Gurgel em 2012 em Natal. O PRP aposta na quantidade de candidatos para chegar a uma cadeira, mas não será fácil tendo chances reduzidas.

A única chapa com vereador de mandato, a PTB/PT do B, que corre série risco de não alcançar o quociente eleitoral. O edil Lucélio Guilherme (PTB) se arriscou ao não ter formatado uma nominata forte no PTB e ter se aliado na proporcional a uma agremiação pequena e com apenas dez candidatos, com quase metade deles podendo deixar o pleito.

Nas outras 12 chapas com grandes chapas há uma que tem chances de eleger um parlamentar, mas que não seria surpresa caso não atinja o quociente eleitoral. Trata-se de PC do B/PT. Pela média histórica há grandes chances de fazer uma cadeira, mas a esquerda está em crise e isso se torna ainda mais grave numa cidade de eleitores tradicionalmente conservadores como Mossoró.

“CHAPÕES”

Já os dois chapões devem concentrar quase metade das vagas variando juntos de oito a dez nomes. É nessas duas chapas que se deve registrar o maior número de vereadores não-reeleitos. A expectativa vale muito mais para a coligação PP/PSB/PDT/PMDB. Lá estão cinco vereadores: Francisco Carlos (PP), Izabel Montenegro (PMDB), Tomaz Neto (PDT), Alex Moacir (PMDB) e Genivan Vale (PDT). Todos com potencial para mais de dois mil votos. Mas a chapa ainda conta com nomes fortíssimos como os ex-deputados federais Betinho Rosado (PP) e Sandra Rosado (PSB). Sem contar o ex-vereador Chico da Prefeitura (PP).

A chapa é completada por esteiras, mas tem capacidade para eleger no máximo cinco vereadores, dependendo das sobras. Há uma possibilidade de pelo menos três vereadores não se reelegerem.

Na chapa PSD/PEN/PPL estão quatro vereadores: Flávio Tácito (PPL), Claudionor dos Santos (PEN), Jório Nogueira (PSD) e Cícera Nogueira (PSD). O agrupamento ainda reúne nomes tidos como fortes como Fábio Bento (PSD), Professor Nando (PSD) e “Filhinho” (PSD).

Com potencial para fazer no máximo cinco cadeiras há uma chance de pelo menos dois edis não se reelegerem.

Fragmentação governista

Com um número enorme de partidos sob sua orientação política, o prefeito Francisco José Junior fragmentou a base governista em coligações que reúnem dois vereadores, mas com potencial para fazer um ou dois nomes. Na chapa Solidariedade/PMB a disputa será entre Soldado Jadson (SD) e Alex do Frango (PMB), um dos dois deve ficar de fora.

No PSC/PTC/PPS/PRTB estão Celso Lanches (PSC), Heró Silva (PTC) e Manoel Bezerra (PRTB). Pelo menos um dos dois poderá não reeleger. A chapa ainda tem o ex-vereador Zé Peixeiro (PTC), que tem chances de acocanhar uma vaga.

No PMN Genilson Alves corre risco de não se reeleger graças a presença do ex-secretário municipal de agricultura Rondinelli Carlos. A agremiação tem capacidade de fazer apenas uma cadeira. Na chapa PROS/PTN Ricardo de Dodoca (PROS) é o favorito, mas tem nomes que podem lhe fazer frente dentro da nominata do PTN como Pastor Lamarque e Tarcisinho Rosado.

MOSSORÓ MELHOR
No grupo de partidos aliados de Tião Couto (PSDB) pelo menos dois vereadores podem não se reelegerem. O PSDB tem potencial para eleger um ou dois vereadores. Mas Tassyo Mardonny ou Vingt-um podem sobrar. Narcízio Silva (PR) está numa coligação que pode fazer um ou dois, mas ele disputa com nomes fortes como Petras Vinícius (DEM) e Benjamim Machado (PR) e outros que podem surpreender.

FORÇA DOS NOVATOS
O PHS, PV e PRB montaram nominatas fortes sem a presença de vereadores e se recusaram a coligar-se com outros partidos. Essas agremiações atuando individualizada podem garantir a entrada de quatro a seis novatos.

Abaixo uma projeção de desempenho das chapas:

Chapa Projeção de eleitos Chances de sobras Favoritos
PSD/PPL/PEN Quatro +1 Flávio Tácito, Claudionor dos Santos, Jório Nogueira, Maria das Malhas, Cícera Nogueira, Fábio Bento e Professor Nando
PP/PSB/PMDB/PDT Quatro +1 Sandra Rosado, Betinho Rosado, Izabel Montenegro, Tomaz Neto, Genivan Vale, Francisco Carlos, Alex Moacir e Chico da Prefeitura
PRB Dois 0 Gilson Cardoso, Gérson Nóbrega, Raério Cabeça e Arlindo Fulgêncio
PMN Um 0 Genilson Alves e Rondinelli Carlos
PV Um 0 Pedro Eugênio e João Gentil
PHS Um +1 Carlinhos Silveira, Aline Couto, Gilberto Pedro, Niô, Sargento Osnildo
Solidaridade/PMB Um Alex do Frango e Soldado Jadson
PSC/PPS/PRTB/PTC Um +1 Manoel Bezerra, Celso Lanches, Heró Silva e Zé Peixeiro
PSDB Um +1 Vingt-un Neto e Tassyo Mardonny
PR/DEM/PSL Dois Narcízio Silva, Petras Vinícius e Benjamim Machado
PTN/PROS UM Ricardo de Dodoca, Pastor Lamarque e Tarcisinho Rosado
PT/PC do B Um Luiz Carlos, Gilberto Diógenes e Isolda Dantas
PT do B/PTB 0
PRP 0
PSDC/PSOL 0
PSTU 0
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A ilusão dos nomes de peso numa disputa de vereador em Mossoró

 

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Não restam dúvidas. Sandra Rosado (PSB) e Betinho Rosado (PP) são dois quadros dos mais qualificados na política mossoroense. Nomes de peso, foram dois deputados federais atuantes cada um ao seu estilo.

Sem mandatos, eles tentam recomeçar a vida política pela Câmara Municipal. Não enxergo demérito nisso. Mas também não creio nas votações estrondosas projetadas para ambos. Não se trata de desejo pessoal, até porque nutro simpatia pessoal pelos dois, e não faço análise política com base nos meus sentimentos. O critério é técnico.

Quando começou a se especular que Sandra seria candidata a vereador se falava que ela teria mais de seis mil votos. Confesso que num primeiro embarquei nessas projeções. O mesmo valeu para Betinho Rosado.

Creio em boas votações para ambos, mas acima de seis mil votos é pouco provável. Até porque como diz a sabedoria das rodas de conversas: “o voto de vereador é quebrado”.

Uma coisa é disputar com estrutura uma eleição de deputado federal, que em Mossoró tem ares de majoritária. Outra é o voto de vereador que é o da amizade, da gratidão e até mesmo dos meios nada republicanos.

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E os números mostram isso. São raros os casos em que vereadores passam de três mil votos em Mossoró. Até mesmo os pouquíssimos que passaram de 4 mil não podem se vangloriar tendo em vista que em termos percentuais a votação de Vingt-un Rosado em 1972 dificilmente  será alcançada em Mossoró. Na oportunidade ele teve 3.797 Votos num cenário com 28.690 eleitores. Ele obteve 13,23% do total de eleitores da época. Os meus arquivos não disponibilizam os votos válidos. Para ter uma votação (em termos percentuais) dessas hoje em dia um candidato teria que alcançar algo em torno de 22 mil votos.

Tirar 6 mil votos é uma proeza mesmo assim. Quando Vingt-un teve essa votação espetacular ele estava em um cenário em que só existiam duas chapas para vereador. Ou você era da Arena ou do MDB. Mesmo assim não chegávamos a 100 candidatos. Nem perto disso.

Ao longo dos anos poucos casos de votação superior a 3 mil votos foram registrados em Mossoró. Um deles foi Almeida Sobrinho em 1982 que obteve 3.022 votos num cenário de menos de 60 mil eleitores. Na eleição seguinte, num cenário sem bipartidarismo e, por consequência, com um número bem maior de candidatos o voto de vereador “quebrou”. Mesmo com um eleitorado superior a 70 mil, o campeão de votos foi Vicente Rego (PDS) com 1.404 sufrágios. Veja que o mais votado de 1982 teve o dobro do mais votado de 1988. Mais candidatos, menos chances de votações mais expressivas.

Quatro anos depois novamente  Vicente foi o mais votado, mas mais uma vez abaixo de 2 mil votos. Foram 1.929 votos. Repare que dez anos depois ninguém chegou nem perto dos 3 mil votos de Almeida dez anos antes.

Só em 1996 Edinho dos Rolamentos voltaria a bater a marca tirando dos 3 mil, obtendo 3.369 votos.

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Só em 2000 o recorde em números absolutos de Vingt-un foi batido quando Francisco José Junior (PP) teve 4.308 (4,08%) votos, seguido por Vicente Rego com 3.478. O terceiro colocado Vingt Neto teve 2.927 votos. Repare que em termos percentuais o atual prefeito não teve um terço dos 13,23% de Vingt-un. O recorde dele durou incríveis 28 anos e só foi batido num cenário com 127.894 eleitores, ou seja, quase 100 mil a mais.

COM REDUÇÃO

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As eleições de 2004 e 2008 mostram o peso do número de candidatos no tamanho das votações. Com apenas 13 vagas na Câmara, o número de postulantes diminuiu até porque o número de vagas nas coligações está relacionado ao número vagas em jogo. Se até 2000 apenas cinco vereadores foram eleitos com mais de três mil votos, em 2004 Chico da Prefeitura (3.878), Izabel Montenegro (3.541), Benjamim Machado (3.001)  e Arlene Souza (3.163) superaram a barreira. Menos concorrência mais votos. Para se ter ideia dos 13 eleitos apenas Sargento Osnildo com 1.554 votos ficou abaixo da faixa dos 2 mil sufrágios. Quatro anos depois o número saltou para seis candidatos eleitos com mais de 3 mil fotos sendo que Cláudia Regina (4.205) se tornara a segunda a ultrapassar a barreira dos quatro mil.  A lista é completa por Niná Rebouças (3.938), Ricardo de Dodoca (3.349), Chico da Prefeitura (3.349) e Claudionor dos Santos (3.227) e Daniel Gomes (3.161). O inusitado foi Manoel Bezerra que numa coligação pesada se tornou suplente com 3.217 votos, assumindo o mandato com a morte de Niná Rebouças em 2010. Só Maria das Malhas foi eleita com menos de 2 mil votos e mesmo assim chegou bem perto porque recebeu 1.956 sufrágios.

RETORNO DOS 21

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Em 2012 houve um hiato entre os dois primeiros colocados e o terceiro como em 2000. Alex Moacir bateu o recorde de Francisco José Junior que durava 12 anos atingindo 4.701 (3,42%) – com média percentual menor – seguido por Francisco Carlos que recebeu 4.452 votos. O terceiro, Ricardo de Dodoca teve 2.928. Quadro de hiato parecido com 2000, repito.

Com 21 vagas apenas sete candidatos em sete eleições ultrapassaram 3 mil sufrágios. Com 13 vagas em duas eleições 11 candidatos passaram dos 3 mil votos.

Nas últimas eleições sete candidatos foram eleitos com menos de dois mil votos. Abaixo o quadro dos candidatos que ultrapassaram três mil votos:

Com 21 vagas

Vingt-un Rosado (1972): 3.797

Almeida Sobrinho (1982): 3.022

Edinho dos Rolamentos (1996):  3.369

Francisco José Junior (2000): 4.308

Vincente Rego (2000): 3.478

Alex Moacir (2012):  4.701

Francisco Carlos (2012):  4.452

Com 13 vagas

Chico da Prefeitura (2004): 3.878

Izabel Montenegro (2004): 3.541

Arlene Souza (2004): 3.163

Benjamim Machado (2004): 3.001

Cláudia Regina (2008): 4.205 votos

Niná Rebouças (2008): 3.938 votos

Ricardo de Dodoca (2008): 3.370

Chico da Prefeitura (2008): 3.349

Claudionor dos Santos (2008): 3.227

Daniel Gomes (2008): 3.161

Manoel Bezerra (2008):  3.217

QUADRO ATUAL

A Justiça Eleitoral registrou 393 pedidos de registros de candidatura a vereador em Mossoró. Sendo que quatro renunciaram ao projeto de chegar a Câmara Municipal. Portanto, até que as impugnações sejam analisadas temos 389 nomes na disputa. São 18 candidatos para cada vaga. Para se ter ideia, na eleição de 2012 eram 260 candidatos espalhados em sete coligações mais três partidos isolados, formando dez chapas. Agora são 389 candidatos espalhados em 16 chapas. Esse ano o aumento foi 49% no número de candidatos. Já em relação chapas o crescimento foi de 60%.

A expectativa de votos para Sandra e Betinho é alta e eles devem ser bem votados, mas não espere uma votação estratosférica como em algumas projeções sem cunho científico ou conhecimento do comportamento do eleitor mossoroense ao longo dos últimos anos.

O peso político de ambos serve muito mais para atrapalhar do que ajudar numa eleição de vereador porque ambos são vistos como “já eleitos” e o eleitor pode direcionar o voto para alguém mais próximo e que “precise mais”.

O pleito de 2016 caminha para ter um quociente eleitoral menor que o de 2012 que foi de 6.545. Além do número elevado de candidatos, o fato de termos dois feriados em Mossoró na sexta-feira (municipal) que antecede as eleições e na segunda-feira (estadual) posterior ao pleito levará a aumentar as abstenções. Isso prejudica políticos com o perfil de Sandra e Betinho que atraem mais o eleitorado de classe média.