Quando um político não tem como impedir que algo ocorra, o máximo que ele consegue fazer é atrasar os acontecimentos quando está no exercício do poder. Este exemplo é bem claro em relação ao fortalecimento da causa animal em Mossoró e a relação deste movimento com o prefeito Allyson Bezerra (SD).
Desde que tomou posse, Allyson convive com as pressões do movimento em defesa dos animais para a aquisição do castramóvel.
Dinheiro não é problema.
A emenda da deputada estadual Isolda Dantas (PT) de R$ 145 mil é mais do que suficiente para comprar o veículo, cujo preço médio é de 134.290.
Ainda sobram R$ 10.710.
De quebra existem duas emendas que garantem a manutenção do equipamento ouvindo a conversa na conta da Prefeitura de Mossoró: uma de R$ 200 mil do deputado federal Beto Rosado (PP) e outra de R$ 80 mil do deputado estadual Hermano Morais (PV).
Então o que falta para termos o castramóvel? A licitação demorou um ano e meio para começar e se arrasta há três meses.
O desinteresse pretérito indica que a questão é política. Afinal são emendas de adversários.
O que Allyson fez? Para encerrar as pressões da causa animal contratou uma clínica particular para realizar uma série de serviços para cães e gatos de rua, incluindo castração.
O valor do contrato é de R$ 250 mil/ano.
Em vez de aplicar R$ 425 mil garantidos por emendas o prefeito, por questões políticas, escolheu usar recursos próprios para não dividir os louros com os adversários.
Com a contratação da clínica privada, o prefeito acalma a pressão dos movimentos em defesa dos animais e ganha tempo para não dar visibilidade aos adversários autores das emendas.