Com Álvaro Dias, a pressão ideológica dos donos do dinheiro pesa mais que a saúde pública

Álvaro sempre acena positivamente para as medidas que vão contra a saúde pública (Foto: reprodução)

As vacinas reduziram em quase cinco vezes a letalidade da covid-19 no Rio Grande do Norte. Para 80% dos potiguares elas funcionam e 77% aprovam o passaporte da vacina aqui no Estado.

São números para qualquer governante ter a ciência de que ir contra isso é um tiro pé. Preservando popularidade alta, poupado pela mídia e com o Ministério Público e judiciários coniventes, o prefeito do Natal Álvaro Dias (PSDB) se julga no direito de confundir a cabeça dos natalenses.

Ele assinou na segunda-feira um decreto derrubando o passaporte da vacina em locais públicos e proibindo shows. A primeira medida não tem qualquer efeito jurídico porque segue valendo o decreto mais restritivo do Governo do Estado. A segunda medida tinha validade porque o decreto estadual era omisso sobre o tema.

O que fez Álvaro? Recuou da decisão que valia e manteve a que não tem efeito nenhum.

O passaporte da vacina é uma estratégia para levar as pessoas a se vacinarem e com isso proteger tanto a economia como a saúde.

Mas no empresariado natalense a ideologia bolsonarista se faz presente e a mera exigência do passaporte da vacina incomoda.

Pouco importa se a procura aos postos de vacinação para tomar a primeira dose aumentou 347% desde o dia 18, o que logo faria o comércio se reestabelecer com a normalidade vacinal.

Por questões políticas Álvaro prefere abraçar a ideologia dos donos do dinheiro em vez de se preocupar com a saúde pública.

O pior que essa gente não faz a menor cerimonia para se vacinar quando viajam para o exterior.

Ele seguiu a cartilha que vem adotando desde o início da pandemia quando apostou na ivermectina, atrasou a vacinação, fez decretos só para atrapalharam e sempre apostou em medidas que pioraram a situação.

Não sei quando, mas tenho esperança que um dia os natalenses acordem dessa letargia e entendam que o prefeito colocou uma ideologia estúpida acima da saúde pública.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto