O Rio Grande do Norte ampliou de forma expressiva sua presença comercial no Mercosul entre janeiro e novembro de 2025, consolidando o bloco como parceiro estratégico para o desenvolvimento econômico do estado. No período analisado, a corrente de comércio — soma de exportações e importações — ultrapassou US$ 75 milhões, impulsionada tanto pela expansão das vendas externas quanto, principalmente, pela forte demanda potiguar por insumos provenientes dos países vizinhos.
Exportações crescem 13% e reforçam presença do RN no mercado regional
As exportações do RN para o Mercosul registraram crescimento de 13%, alcançando US$ 7,0 milhões. Tecidos de algodão e melões frescos se mantiveram como os principais itens comercializados, refletindo a força do setor têxtil e da fruticultura na pauta exportadora potiguar.
Argentina e Paraguai absorveram a maior parte dos produtos enviados pelo estado, enquanto o Uruguai também ampliou sua participação e consolidou-se como destino relevante.
Segundo a equipe técnica da SEDEC, esse avanço demonstra a capacidade competitiva do parque produtivo potiguar, que vem consolidando sua atuação em nichos específicos dentro das cadeias de valor sul-americanas. “O desempenho das exportações mostra que o RN está cada vez mais presente no mercado regional, especialmente em segmentos onde já possui reconhecida expertise”, destacam os pesquisadores.
Importações avançam 57% e Mercosul se consolida como principal fornecedor de insumos ao RN
O movimento mais expressivo, porém, veio das importações.
Entre janeiro e novembro de 2025, o Rio Grande do Norte importou US$ 68,2 milhões do Mercosul — um salto de 57,1% em relação ao mesmo período de 2024.
A Argentina liderou o fornecimento, impulsionada pelo envio de trigo, misturas de trigo com centeio e queijo muçarela, insumos essenciais para diversos segmentos da indústria potiguar. Uruguai e Paraguai também ampliaram suas vendas, especialmente em produtos agroalimentares e matérias-primas industriais.
De acordo com análise da SEDEC, esse incremento reflete o dinamismo da economia estadual e o fortalecimento das cadeias produtivas locais. O bloco se tornou, segundo a equipe técnica, o maior fornecedor de insumos para a indústria de alimentos do RN, desempenhando papel central na expansão de setores como o de biscoitos e bolachas, que dependem diretamente do trigo importado do Mercosul.
“Quando observamos o aumento das importações, não estamos diante de um desequilíbrio, mas de um movimento que indica aquecimento da atividade industrial. Quanto maior o volume de insumos entrando no estado, maior é o potencial de produção, de geração de empregos e de expansão econômica”, explica a equipe técnica da SEDEC.
Ainda segundo os especialistas, essa complementaridade econômica — na qual o RN exporta produtos competitivos e importa matérias-primas essenciais — configura um pilar estruturante das relações comerciais dentro do Mercosul.
Integração regional estratégica para o desenvolvimento do RN
O resultado acumulado de 2025 demonstra que a integração econômica com o Mercosul fortalece a competitividade do RN, assegura o abastecimento de insumos críticos e amplia oportunidades para empresas potiguares em mercados de alto potencial.
Para a SEDEC, o momento é estratégico para aprofundar ações de inteligência comercial, diversificação de mercados e fortalecimento institucional, com foco na consolidação do estado nas cadeias de valor sul-americanas.
Essas e outras análises detalhadas sobre o desempenho do comércio exterior potiguar podem ser consultadas na Nota Técnica disponível no site oficial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
