Protesto percorreu várias ruas da cidade (Foto: Deivson Mendes)
Por Maitê Ferreira
Na tarde desta quarta-feira 30 de maio cerca de seis mil estudantes, trabalhadores e trabalhadoras de Mossoró tomaram as ruas contra os cortes na educação pública e a reforma da previdência. O protesto fez parte do #30M, do segundo dia nacional de luta em defesa da educação pública e contra os ataques a direitos sociais perpetrados por Bolsonaro (PSL), tornando-se, assim, um contraponto aos atos em defesa do governo promovidos no último domingo 26/05.

Manifestantes começaram a se concentrar a partir das 15 horas na Praça Dom João Costa, contando com adesão de estudantes de escolas próximas, tais como Abel Coelho, Eliseu Viana e Supletivo, bem como outras dezenas de escolas que se faziam representar em vários ônibus que chegavam à praça. O protesto rumou pela Avenida Diocesana em direção à Igreja São João, seguindo então pela Rua Felipe Camarão até à Avenida Rio Branco, ocasião em que o protesto fechou os dois lados do corredor cultural da cidade. Ao término, o movimento contou com uma apresentação cultural no Memorial da Resistência.

O protesto foi convocado nacionalmente por entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes – UNE, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES e Associação Nacional dos Estudantes de Pós-Graduação – ANPG. Em Mossoró, o ato foi organizado e convocado também pelas centrais sindicais, com numerosos sindicatos indicando apoio à paralisação a partir de assembleias e reuniões com a base. Com data marcada para 14/06, as centrais sindicais e o movimento estudantil, que estiveram na organização dos últimos protestos, alimentam a expectativa de que “a greve geral vai ser maior”.
Nota do Blog: a conta de seis mil pessoas é dos organizadores do protesto.