Confronto do Antipetismo x antioligarquia transforma segundo turno no RN em campanha de exclusão

Fátima e Carlos Eduardo representam projetos desgastados

Dois candidatos que representam as espécies políticas mais desgastadas da política atualmente: o petista e o oligarca estão na disputa pelo Governo do Rio Grande do Norte neste segundo turno. Será uma campanha de exclusão.

Fátima Bezerra (PT) flertou com a vitória no primeiro turno, mas terminou tendo 46,17% dos votos válidos e terá que enfrentar Carlos Eduardo Alves (PDT) no próximo dia 28.

Fátima montou um palanque pequeno com PHS e PC do B, colocando em risco seu êxito eleitoral para garantir espaços importantes na disputa proporcional. De uma forma ou de outra deu certo. A chapa dela elegeu Zenaide Maia (PHS) para o Senado e conquistou três vagas (sendo duas do PT) para a Assembleia e duas para a Câmara Federal.

Mas contra Fátima pesa a filiação partidária. O PT se lambuzou na lama da corrupção nos últimos anos despertando a ira popular. No entanto, é um partido em processo de recuperação política impulsionado pelos eleitores nordestinos, mas sempre sob desconfiança pelo passado recente muito embora Fátima Bezerra tenha passado ilesa no mensalão e petrolão.

Na outra ponta Carlos Eduardo, um legítimo representante da política tradicional. Membro da oligarquia Alves ele carrega consigo o peso de uma chapa distópica que reuniu as famílias Alves, Maia e Rosado desgastadas demais junto aos eleitores do Rio Grande do Norte.

Apesar dos 32,45 % de votos válidos, ele chega ao segundo turno cercado de aliados derrotados como José Agripino Maia (DEM), Garibaldi Alves Filho (MDB), Beto Rosado (PP) e Larissa Rosado (PSDB). Só um deputado federal foi eleito e a bancada da Assembleia Legislativa ficou aquém do esperado.

Carlos não é propriamente um político imune a escândalos nem sua família. Ele carrega um peso escondido representado na figura do ex-ministro Henrique Alves, seu primo.

A eleição do dia 28 será um plebiscito para saber quem é mais rejeitado no Rio Grande do Norte o petismo ou as oligarquias.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto