O estudante Paulo Ramom Paiva criou um game “Super Criança” e o “Relief – Dreno de Suporte Torácico” que visa melhorar a qualidade de vida de crianças pacientes com câncer. Ele deveria receber reconhecimento e apoio, mas acontece inversamente o contrário.
O acadêmico de enfermagem teve que interromper os estudos porque perdeu a bolsa na Universidade Potiguar (UnP). Ele já sofrera com a falta de apoio para apresentar o projeto do dreno toráxico na II Feria Internacional Infantil y Juvenil de Ciencia, Tecnologia y Innovación de Bogotá, Colômbia.
Jovem, pobre e desempregado ele tentou buscar apoio e não conseguiu nem do poder público municipal nem da universidade que estudava. “A feira da Colômbia já foi realizada em abril do ano passado e infelizmente não pude ir por negligência da atual gestão que na época informou através de uma funcionária que a PMM não poderia pagar as minhas despesas mesmo com os vereadores governistas, como Soldado Jadson, garantindo em plena sessão que os vereadores iriam fazer um ofício solicitando o auxílio para o evento. Isso foi em decorrência das proximidades da eleição suplementar. Nada foi feito”, lamentou.
O outro projeto é um jogo lúdico que visa melhorar a autoestima das crianças com câncer. “Nós criamos o primeiro personagem no mundo careca, negro e com câncer. A ideia é mostrar para as crianças que elas também têm um super herói com a mesma fisionomia delas. Queria transformar Mossoró na capital brasileira de combate ao câncer infantil. O jogo é uma ferramenta lúdica para as crianças. Pois no mesmo instante que elas recebem a quimioterapia, receberiam um Tablet com o jogo. As crianças distraem a mente e não ficam ociosas, diminuindo os efeitos colaterais. A partir da técnica, estudos e pesquisas estavam sendo realizados, mas foram interrompidos”, declarou.
Com depressão, Paulo Ramom sobrevive de entregar garrafões de água mineral ajudando o padrasto.
Foto: Gazeta do Oeste