A história sempre precisa ser revisitada para que nos traga o exemplo do passado servindo de alerta para o presente e o futuro.
O Brasil vive uma crise moral sem precedentes. Em um ano tivemos o impeachment de uma presidente da república e os afastamentos dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Renan acabou escapando com teratológica decisão do STF que o tirou da linha de sucessão, mas no final o manteve no cargo. Já Eduardo Cunha está atrás das grades.
O governo Temer se enrola a cada dia. São seis ministros que caíram e os escândalos não param. O país é presidido por um sujeito sem o crivo do voto popular e acusado de receber propinas em delações premiadas.
O Supremo está desmoralizado com as últimas decisões e o Ministério Público vai sendo colocado contra a parede por uma classe política sem qualquer respaldo da sociedade.
O Brasil está inviabilizado pelo apodrecimento das instituições. Tudo isso que está acontecendo no país está abrindo espaço para a loucura populista.
A história está aí para mostrar o estrago que uma crise descontrolada pode fazer com uma nação. Na Alemanha do período entre guerras (1918-1939) um dólar americano chegou a custar 4,2 trilhões de marcos.
O estrago econômico abriu espaço para um louco racista chamado Adolf Hitler que escolheu um culpado para tudo que estava acontecendo no país: os judeus. O resto da história você conhece.
O Brasil atual não enfrente uma hiperinflação com a Alemanha pré-Hitler, mas temos um problema enorme chamado desmoralização da classe política. A crise moral está escancarada e ganham espaço políticos que negam a política.
É o caso de Jair Bolsonaro. Pouca gente conhece o que ele realmente pensa sobre economia. Mas muitos aplaudem o discurso populista pregando o bordão “bandido bom é bandido morto” ou desmantelo do Estatuto do Desarmamento. Seria ele uma versão tupiniquim de Hitler? Não chega a tanto, mas ele agrada a parcela homofóbica da sociedade mantendo os traços da extrema direita.
No Estados Unidos a crise moral da classe política levou Donald Trump à consagração eleitoral.
O Brasil não está imune aos malucos de plantão.