Por Jorge Mota*
E de repente me vi olhando para trás
O que eu fiz da vida?
O que a vida me fez?
E de repente
Vi o mundo que eu construí
Vi o que eu deixei de fazer
As escolhas que fiz
Que se eu tivesse acertado,
Poderia ter sido feliz
O passado me atordoa
O presente me faz seu prisioneiro
De uma vida que segue à toa
Nesse mundo traiçoeiro
Que melancolia é essa de vida?
A vida que eu não soube trilhar
Um Ser sem Ser, na existência vivida
Não sentindo as horas e nem o tempo passar
Que mundo este, frio e cinzento?
Um mundo que eu não amei
Um tempo que eu não sorrir
Um sorriso que eu não dei
A vida que eu não vivi
E que dela não consigo sair
Continuo vivo aqui
Sem saber para onde ir
E na vida não observei
A flor a brotar
O sol a nascer
A lua a iluminar
Nem o amor me amou
Não sei o que é o amar
Sozinho eu estou
Sem uma paixão,
Para meus sonhos acalentar
E de repente, me vi a chorar
Chorando pelo que eu não conquistei
Pela vida a exortar
Os muitos passos errados que eu dei
E… de repente…
*É Funcionário Público Estadual.