
O Rio Grande do Norte chegou a um ponto desesperador no contexto da pandemia. A fila por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aumenta a cada dia e o que está sendo aberto não acompanha a demanda.
A solução recomendada pelos cientistas é isolamento social e a adoção de medidas restritivas. O ideal para conter o avanço da pandemia era fechar tudo, mas sem auxílio emergencial é impossível.
No entanto, algumas medidas foram tomadas gerando uma compreensível sensação de injustiça por parte dos donos de bares e restaurantes que se sentem punidos pela irresponsabilidade coletiva.
É difícil entrar na minha cabeça que bares e restaurantes devem ter que fechar em determinado horário e academias de ginásticas seguem lotadas o dia inteiro, para citar um exemplo. Ficou a sensação de que um segmento recebeu prioridade e outro não quando fazemos a comparação.
Outro ponto importante: a governadora Fátima Bezerra (PT) precisa discutir com sua equipe econômica uma forma de compensar os setores prejudicados pelas medidas restritivas.
O mesmo vale para o prefeito Allyson Bezerra (SD) que na semana passada recebeu uma carta assinada por mais de uma dezena de entidades empresariais sugerindo alteração das datas limites de prazos e isenções temporárias de tributos. Até o momento ele não se manifestou sobre o tema.
Governo e Prefeitura estão sufocados e precisam de recursos para abrir leitos, mas não sacrificar os setores afetados por medidas restritivas é uma necessidade estratégica, inclusive, para amenizar a ira dos empresários e trabalhadores.
Sem compensações a pancada será incalculável sobre o segmento de entretenimento e alimentação fora do lar, que empregam milhares de pais e mães de família.
Como no título reafirmamos: é preciso compensar para fechar.