Dia 7 de outubro de 2012, Larissa Rosado (PSB) é eleita prefeita de Mossoró com 52% dos votos válidos e maioria de 10 mil sufrágios sobre Cláudia Regina (DEM).
Apesar do acirramento nas redes sociais entre as militâncias, a campanha foi tranquila em termos de judicialização. As duas assessorias cumpriram à risca o acordo proposto pelo juiz Herval Sampaio Junior e não entraram com ações.
Com a vitória, Larissa finalmente conseguiu se tornar prefeita e o grupo da deputada federal Sandra Rosado (PSB) volta a governar a cidade após 16 anos amargando a missão de ser oposição.
Por sua vez Cláudia Regina caiu de pé. Saiu maior do que entrou no pleito e se tornou uma liderança ainda mais expressiva em Mossoró. Nenhuma decisão do Rosalbismo consegue ser tomada sem passar pela opinião da outrora liderada.
A governadora Rosalba Ciarlini que teve uma postura política sem nenhum deslize no pleito não se desgastou com nenhum dos grupos e seu capital político está intacto em Mossoró.
Nas eleições de 2014 Lairinho Rosado (PSB) – que repetiu o feito de Francisco José após 20 anos- saiu da Câmara Municipal para a Assembleia Legislativa e Cláudia Regina também foi eleita deputada estadual. Mossoró ganha dois parlamentares qualificados e técnicos no Palácio José Augusto.
Leonardo Nogueira abre mão de ser deputado estadual para que a esposa Fafá Rosado também se acomode no parlamento estadual. Com a força da Câmara Municipal e a fama de melhor presidente que a casa já teve, Francisco José Junior é eleito deputado estadual. No total, Mossoró fica com quatro cadeiras na Assembleia.
Sandra Rosado se reelege deputada federal e Beto Rosado assume a missão de substituir o pai, inelegível por causa de uma decisão do Tribunal de Contas, na Câmara. Mossoró mantém a tradição de ter dois deputados federais.
No DEM Rosalba resiste às pressões unternas. Sem argumentos em torno do seu direito à reeleição, Agripino não barra a reeleição da governadora. Ela consegue reunir um punhado de partidos nanicos e no confronto de rejeitados consegue usar o seu carisma para superar o acordão de Henrique Alves. Conquista mais quatro anos de mandato à frente do Estado.
Talvez não fosse exatamente assim, mas os últimos três anos da política de Mossoró com certeza teriam sido bem melhores (pelo menos em termos de representatividade) se a tragédia de 2012 não tivesse acontecido.
Bastava os advogados de Cláudia não terem quabrado o acordo de cavalheiros de não judicializar o processo eleitoral. Ao quebrarem o acordo, o tiro saiu pela culatra e Cláudia chegou a acumular 13 cassações.
O curso natural era uma vitória de Larissa. Não teríamos uma alternância de sobrenomes, mas ao menos seria um outro grupo político assumindo o poder na cidade.
Mas como ficou comprovado, a artificialidade do abuso de poder econômico e político alterou todo o processo e Mossoró hoje não tem representação na Assembleia Legislativa e apenas um deputado federal (atuante porém inexperiente). A cidade perdeu o Governo porque Rosalba estava inelegível em 2014.
O estrago político para Mossoró é incalculável.
