
A eleição de 2018 foi emblemática pelo colapso oligárquico. O agripinismo, os Alves e os Rosados saíram absurdamente enfraquecidos.
Hoje a tríade oligárquica não tem as principais vagas políticas. Não tem o Governo do Estado, não empresta seus sobrenomes pomposos ao vice-governador e os três senadores não integram o seu sistema.
Nas eleições de 2020 os Rosados perderam a Prefeitura de Mossoró, sofrendo a primeira derrota em 52 anos. Mas não para por aí.
Em Pau dos Ferros a hegemonia da família de Getúlio Rego foi interrompida com Marianna Almeida (PSD) batendo Leonardo Rego (DEM), algo inimaginável meses antes da eleição.
Em Assú, a tradicional família Soares só manteve o poder municipal por míseros cinco votos.
Na capital, Álvaro Dias (PSDB) venceu no primeiro turno mantendo a capital como o principal bastião oligárquico do Rio Grande do Norte. Mas para isso ele precisou esconder políticos da estirpe de Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM), principais líderes políticos do Estado na virada do Século.
A estrutura de poder de Rosados, Maias e Alves é fortemente arraigada no Rio Grande do Norte, mas aos poucos vai se desmantelar.
O ano de 2022 dirá se o processo continuará ou se teremos uma interrupção.