As eleições para o Senado no Rio Grande do Norte possuem histórico de viradas, algumas impressionantes, outras previsíveis em disputas em que estava em jogo apenas uma vaga.
Da redemocratização (1985) para cá somente Garibaldi Alves Filho (PMDB) liderou uma disputa de ponta a ponta e venceu o então senador Carlos Alberto de Souza (PFL) em 1990.
Depois foi eleito governador em 1994 e substituído por Fernando Bezerra (PMDB) que em 1998 começou atrás de Carlos Alberto, que enfrentava um câncer já em estágio terminal, e virou o jogo. A virada era previsível por causa das condições de saúde do oponente e pela vinculação à Garibaldi, que estava no auge a popularidade.
Ficou na história o jingle “É Fernando costurando e Garibaldo dando o nó”.
Em 2006, já no PTB, Fernando Bezerra, que vinha de uma frustrante campanha para o Governo em 2022, quando ficou de fora do segundo turno, levou uma virada da então ex-prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (DEM).
Fernando gabava-se de ter mais de 120 prefeitos e terminou perdendo a eleição por 11 mil votos, graças ao desempenho espetacular de Rosalba em Mossoró onde teve 83% dos votos válidos que se somaram as vitórias inesperadas dela em Natal e Parnamirim.
Em 2014, Wilma de Faria (PSB) era favorita em uma das maiores alianças políticas já montadas no RN. A ex-governadora parecia nadar de braçada no rumo do Senado quando nas duas últimas semana acabou ultrapassada por Fátima Bezerra (PT) que abriu vantagem e a derrotou por 171.159 votos de maioria.
Em 2022, Carlos Eduardo Alves (PDT) tem segurado a dianteira e inicia a campanha seguido de parto por Rogério Marinho (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). o deputado federal Rafael Motta (PSB), por ora, ostenta o status de azarão.
A história vai começar para valer em duas semanas. A escrita de viradas pode permanecer ou Carlos vai repetir o sucesso do primo Garibaldi?