Em tempos de crise moral a honestidade precisa ser exaltada

O telefone de Gilson Cardoso toca. Do outro lado da linha um cidadão de um número 021 (DDD do Rio de Janeiro)  oferece uma parceria   com  o Baraúnas.

Vice-presidente do Leão, Gilson se empolga, mas ao mesmo tempo demonstra desconfiança e pergunta o que deve ser dado em troca: o interlocutor pede que o clube perca para beneficiar apostadores asiáticos e europeus em sites de apostas.

Gilson rejeita a “proposta” e desliga o telefone. Meses depois estoura a Operação Game Over que desbaratou essa quadrilha que mancha o nosso esporte preferido.

Se tivesse topado a parada, Gilson estaria sendo execrado e sua vida estaria destruída, mas o radialista deu um rasgo de honestidade.

Até aqui não vi ninguém nas redes sociais parabenizando Gilson pelo comportamento. Claro que ser honesto é obrigação, mas reconhecer quem resiste à tentação é importante até porque muitos de nós estaríamos detonando o rapaz se ocorresse o contrário.

Gilson com certeza orgulhou seus amigos e familiares, mas também ganhou um baita respaldo moral para a luta rumo à Câmara Municipal.

Nota do Blog: sou amigo pessoal de Gilson Cardoso com quem convivi durante 12 anos na Rede Resistência de Comunicação. O leitor fique à vontade para achar se faço esse texto por amizade ou por questão de justiça.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto