Enfermeira curada de covid-19 volta ao trabalho

O Hospital Regional Tarcísio Maia comemora o retorno de uma de suas servidoras ao trabalho após o afastamento em decorrência do covid-19. Para comemorar a vitória sobre a doença, a enfermeira Aline Dutra, que retornou ontem, 13 à unidade hospitalar, foi recepcionada com alegria pelos colegas.

Aline, que também é funcionária da Unidade de Pronto Atendimento do Belo Horizonte, conta que apresentou sintomas leves e não precisou ser internada.

Segundo a enfermeira, no dia 23 de abril, quando estava trabalhando, ela começou a apresentar sintomas como febre, dor no corpo, calafrios e indisposição. Na mesma data fez exame de sangue e um raio-x, que apresentaram resultados normais. Ao longo da semana, ela continuou sentindo os sintomas e chegou a melhorar, mas no dia 27 foi trabalhar e piorou. No dia 29 de março ela foi ao hospital e o médico solicitou exame de sangue e tomografia, que foi sugestiva para o coronavírus. Após a coleta do swab para testagem do vírus, Aline foi para casa. O resultado saiu no dia 1º de abril. Como não apresentou sintomas graves nem dificuldade em respirar, ela permaneceu em casa, isolada e tomando a medicação para a pneumonia.

“Na verdade, em casa, eu já estava isolada das pessoas da minha família”, conta a enfermeira, explicando que por iniciativa própria e pelas características do próprio trabalho já vinha praticando o isolamento e saindo apenas para trabalhar, já que presta um serviço essencial.

Ela menciona que, como inicialmente não sabia que estava doente, teve contatos com colegas, mas conversou com eles e os mesmos não apresentaram sintomas. “Pelo que a gente conversou, ninguém se contaminou”, diz, mencionando que, além do medo da doença, há o medo de transmitir para outras pessoas.

“É uma doença que a gente realmente tem que se preocupar e tomar as medidas de cuidado e preocupação porque, com certeza, várias pessoas estão passando por essa doença de uma forma diferente de como eu consegui passar. A gente se preocupa porque têm pessoas que agravam muito. Inclusive, eu tenho amigos, pessoas que eu gosto que estão em UTI”, afirma. “Apesar de ter sido leve, não deixa de ter sido ruim”, acrescenta.

“Ter quem respeitar o isolamento. Você nunca sabe onde você vai pegar, de quem você vai pegar”, alerta a enfermeira.

Através do WhatsApp, a diretora-geral do Tarcísio Maia, Herbênia Ferreira, também informou sobre a melhora da enfermeira Dinilce. Ela chegou a ser entubada e hoje continua internada no Hospital Wilson Rosado, mas saiu da UTI e agora está na enfermaria do Wilson Rosado. Confira o depoimento da profissional no vídeo abaixo.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto