Entre a honra da palavra e a sobrevivência

g11

O que é mais importante na política? Manter a palavra ou abrir mão dessa qualidade em nome da estrutura política.

Esse é o dilema que hoje enfrentam os integrantes do G11, que já foi G12 e G13. Não é simples. Se mantiverem a palavra os compromissados com Alex do Frango (PMB) ficarão bem na fita com os eleitores. Os novatos entrarão na política pela porta da frente.

Mas quem vai aguentar manter-se na oposição por quatro anos? Duvido que esses 11, mesmo que elejam Alex do Frango, sigam na oposição.

A honra da palavra será descumprida agora ou mais a frente. A estrutura política da maioria dos vereadores não funciona fora do poder, distante dos cargos que fazem a máquina parlamentar funcionar.

Quer exemplos? Dou três. Vingt-un Neto (PSDB) resistiu quatro anos na oposição. Genivan Vale e Tomaz Neto (ambos do PDT) fizeram mandatos exemplares na defesa da população.

O que aconteceu com os três? Voltam a ser cidadãos comuns no estouro dos fogos do réveillon. Claro que há outros fatores. Mas se o povo reconhecesse a coerência de Vingt-un teria lhe dado 700 votos a mais garantindo o quociente eleitoral ao PSDB.

Se o povo reconhecesse a luta de Tomáz e Genivan teria colocado eles entre os quatro primeiros da coligação.

Mas o que o povo preferiu? Votar em sujeitos que praticam o assistencialismo usando a estrutura da máquina municipal. O voto do vereador é o do compadrio, infelizmente é assim que funciona.

Será muito difícil resistir por muito tempo as tentações palacianas ainda que numa máquina combalida.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto