#Entrelaçadas: Campanha visa ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade em decorrência da pandemia

Motim Feminista em uma das reuniões realizadas antes da pandemia (Foto: Cedida)

Os coletivos Motim Feminista e Leila Diniz, de Mossoró e Natal, respectivamente, se uniram por meio da campanha #Entrelaçadas por todas. A iniciativa tem como objetivo distribuir gêneros alimentícios e material de limpeza e higiene pessoal para famílias chefiadas por mulheres negras, mães solos, autônomas, agricultoras e pescadoras que, em decorrência da pandemia da Covid-19 perderam suas fontes de rendas.

O lançamento da campanha foi realizado na segunda-feira passada, 15, através de uma live cultural que contou com a participação das cantoras Khrystal, Clara Pinheiro e Dayanne Nunes, no instagram @coletivamotimfeminista.

A militante da Coletiva Motim Feminista e coordenadora do Núcleo de Estudos sobre a Mulher Simone de Beauvoir da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (NEM/UERN), Suamy Soares, explica que a ideia é fazer uma campanha sistemática de três meses e os grupos pensaram em contribuir para ajudar mulheres que não têm tranquilidade na vida.

A cada mês haverá uma live com artistas de Mossoró e Natal. A próxima está marcada para o dia 13 de julho. Os nomes que participarão ainda estão sendo definidos, segundo Suamy Soares.

Em Mossoró, inicialmente, a campanha pretende contemplar mulheres dos bairros Santo Antônio, Pintos, Bom Pastor e Nova Vida, além do Assentamento São Romão. Mas a coletiva quer ampliar para beneficiar outras mulheres. Em Natal, as áreas a serem contempladas ainda estão sendo definidas.

Suamy Soares comenta que a pandemia afetou as mulheres e que o auxílio emergencial não conseguiu chegar para muita gente ou chegou com atraso para muitas pessoas. Diante disso, os coletivos pensaram em realizar a campanha.

Entre as ações, também estão sendo produzidos materiais sobre saúde das mulheres, violência doméstica e racismo, pautas que estão em alta no momento da pandemia e que impactam durante o isolamento social. “O isolamento não pode ser um privilégio social, ele tem que ser um direito de todos e todas”, lembra Suamy Soares.

A intenção é arrecadar, principalmente, contribuições financeiras. Se alguém quiser contribuir doando as cestas básicas, os grupos possuem os contatos da rede de mulheres e podem mediar essa interação.

Suamy Soares reforça a importância de as mulheres se organizem nesse momento contra o fim do isolamento social.

Dados bancários para doações*

Banco do Brasil

Operação 51

Agência 0036-1

Conta 309932-6

*A assessoria da campanha explica que em virtude de serem movimentos autônomos, e não possuírem identidade jurídica, como o CNPJ, a poupança bancária para as doações solidárias on-line, foi cedida por uma ativista integrante do Motim Feminista.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto