Falta de auxiliares para acompanhamento prejudica crianças especiais em escola municipal de Mossoró  

Escola municipal Nossa Senhora das Graças (Foto: Google)

Na última semana o Blog do Barreto trouxe a denúncia de pais de alunos que reclamam da falta de professores e substitutos em Unidades de Educação Infantil (UEI) de Mossoró (veja mais aqui).

Motivado pelas críticas, Francisco de Assis Carreiro da Silva, que avô de uma criança portadora do espectro autista, procurou a reportagem para denunciar a falta de profissionais especializados para acompanhamento infantil na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, bairro Belo Horizonte.

“Essa escola disponibilizava, até três meses atrás, um profissional por turno para acompanhar crianças especiais. Eis que de repente esses profissionais sumiram por falta de renovação de contrato”, narra Francisco.

Ele conta que em conversas informais com pessoas da escola descobriu que a falta de renovação se deu porque os valores pagos eram muito baixos para um serviço de extrema complexidade. Segundo ele, os profissionais recebiam meio salário mínimo por turno dentro de sala de aula.

“Moral da história, as crianças ficaram sem acompanhamento destes profissionais imprescindíveis para sua inclusão”, critica o avô da criança de oito anos.

Além da falta de profissionais para acompanhamento do neto, que por si só já criou grande aflição em sua família, Francisco Carreiro ainda conta que foi orientado pela direção da escola a individualmente procurar por pessoas especializadas para a realização do acompanhamento.

“Procurei a secretaria responsável e eles orientaram os pais ou responsáveis pelas crianças que, se tivessem alguma informação de pessoas que se dispusessem a trabalhar com crianças, eles aceitariam indicações. Nós além de cuidarmos das crianças nas nossas casas, teríamos que sair procurando profissionais para trabalharem nas escolas”, afirmou com indignação.

Francisco ainda conta que toda a celeuma com a falta de acompanhamento para o neto tem causado grande prejuízo no processo de inclusão e aprendizado da criança e que essa situação também está sendo vivida por outros pais e mães no colégio.

“O meu neto é autista grau três e já estava começando a gostar e se adaptar com o colégio. Infelizmente agora quando ele percebe que não estamos mais fazendo o caminho da rua da escola, ele começa a chorar. Porquê sofrer por uma coisa tão básica?, infelizmente estamos vivendo só de promessas”, desabafou.

A Reportagem do Blog do Barreto entrou em contato com diversos assessores de comunicação da Prefeitura Municipal de Mossoró, buscando confirmar as denúncias de Francisco de Assis e quantos profissionais especializados estão hoje em sala de aula nas escolas municipais. Infelizmente até o fechamento desta reportagem não obtivemos nenhuma resposta.

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Canal Bruno Barreto